Na última sexta-feira (08/10), Solange Vieira deixou o cargo de superintendente da Susep para conduzir um projeto no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes. Até que o substituto seja definido, a liderança da autarquia será interinamente ocupada pelo diretor técnico Rafael Scherre.
De acordo com nota publicada pelo Ministério da Economia, Solange foi escalada para assumir a implementação de programas estratégicos da agenda econômica que serão executados por intermédio do banco. O processo será conduzido pelo presidente do BNDES, Gustavo Montezano, seguindo os trâmites da instituição.
Solange deixa o cargo após quase 3 anos, período em que relevantes mudanças regulatórias e modernizantes para o desenvolvimento do mercado de seguros foram implementadas.
Na visão de Sidney Dias, professor e diretor da Conhecer Seguros, o mercado se transformou durante a gestão de Solange Vieira, e esse processo é irreversível. “A Solange contribuiu fortemente com suas proposições e realizações para que todos os que participam da cadeia de valor do seguro revissem seus papéis, convicções e posições. E, quando se amplia a consciência, a mudança acontece – é inevitável. Todos ganham com isso”, complementa Dias.
Walter Polido, professor, sócio da Conhecer Seguros e ardoroso defensor da liberdade de atuação das Seguradoras na elaboração das condições contratuais de seguros, lamenta a saída da Solange da direção da Susep e entende que não se espera que ocorra qualquer tipo de retrocesso.
Segundo Polido, “a flexibilização já alcançada não sofrerá nenhum tipo de retaliação, seja qual for a visão pessoal do novo superintendente. O Brasil esperava por esta abertura, desde sempre, alcançada neste ano. Espera-se, de fato, pela flexibilização dos Seguros de Pessoas, cujo processo já tinha sido iniciado pela Susep.”
Na visão de Walter, “este segmento é dos mais necessitados em termos de modernização no país e de modo a proporcionar não só a alavancagem nas vendas, como também e principalmente a oferta de produtos diversificados e atualizados. Os modelos atuais, com raras exceções, são obsoletos e a utilidade deles é questionável, especialmente em relação às apólices coletivas de empregados”, complementa.
Fonte: com informações do Ministério da Economia
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