Selic deve encerrar o ano a 12,75%, segundo Grupo Consultivo Macroeconômico

A Selic deve encerrar o ano a 12,75%, de acordo com o Relatório Macroeconômico divulgado pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Os economistas da instituição revisaram as projeções para cima pela quarta vez consecutiva (no relatório anterior, divulgado em janeiro, haviam apontado que os juros encerrariam o ano a 12,50%). O início da trajetória de queda da taxa foi postergado: a expectativa é de que aconteça em outubro e não mais em setembro.

A projeção para a inflação foi mantida em relação ao relatório anterior e o indicador deve encerrar o ano em 5,8%. A avaliação dos economistas é de que os resultados recentes do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) indicam desaceleração gradual dos preços, ainda com resiliência do segmento de serviços.

Na avaliação do colegiado, os recentes eventos envolvendo bancos dos Estados Unidos e da Europa não devem desencadear uma crise sistêmica. Parte dos economistas, entretanto, acredita que pode haver impactos na atividade econômica. “O entendimento é que o canal de crédito deve ficar mais seletivo diante de um período de aversão ao risco”, afirma o vice coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA, David Beker.

O grupo revisou para cima a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2023, de 0,20%, indicado no relatório de janeiro, para 0,70%. A estimativa para 2023 também subiu de 0,75% para 0,90%.

Em relação ao câmbio, a expectativa do colegiado é de que o real mantenha trajetória de valorização ao longo do ano. A estimativa para a taxa no fim de 2023 foi reduzida de R$ 5,30 para R$ 5,25. Caso concretizada, corresponderá a uma valorização de 5,9% do real no ano.

O Grupo Consultivo Macroeconômico é composto por 25 economistas de instituições associadas à ANBIMA. Eles se reúnem a cada 45 dias, em média, sempre na semana que antecede a reunião do Copom, para analisar a conjuntura econômica e traçar cenários para os mercados brasileiro e internacional.

Fonte: ANBIMA

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Considerações da Conhecer Seguros: com a Selic elevada, seguradoras têm ganhos, mas as perdas também podem ser relevantes

Quando a taxa Selic está alta e com juros reais elevados, o retorno dos investimentos das seguradoras também tende a aumentar. Isso ocorre porque as seguradoras possuem reservas financeiras elevadas para garantir os compromissos assumidos com os segurados, no caso de sinistros. Investindo esses recursos no mercado financeiro, elas obtêm ganhos que contribuem para cobrir custos operacionais e melhorar o retorno que propiciam aos seus acionistas.

Quanto maiores os juros reais da economia, maior a tendência das seguradoras terem ganhos financeiros elevados.

Por outro lado, juros reais elevados mantidos por um período prolongado podem reduzir a demanda por seguros – encarecendo o crédito para consumidores e empresas, reduzindo o consumo e o investimento. Eles também desestimulam a geração de emprego e renda, afetando a capacidade de pagamento dos segurados.

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