Uma análise de reclamações registradas no Procon-SP revela reajuste de até 228% em planos de saúde coletivos. A avaliação tomou como base 402 demandas de consumidores feitas contra planos de saúde coletivos em janeiro deste ano.
As seis empresas com mais questionamentos foram: Qualicorp Administradora de Benefícios, com 154 reclamações e reajuste de até 228,90%; Amil Assistência Médica, com 44 reclamações e reajuste de até 161,93%; SulAmérica, com 40 reclamações e reajuste de até 140%; Bradesco Saúde, com 25 reclamações e reajuste de até 104%; Unimed, com 23 reclamações e reajuste de até 66,60%; e NotreDame Intermédica, com 28 reclamações e reajuste de até 66,20%.
Os reajustes dos planos coletivos podem ter sido aplicados pelas operadoras em razão do reajuste anual, do reajuste por faixa etária e também da cobrança retroativa dos reajustes suspensos pela ANS (de setembro a dezembro de 2020) diluída em 12 parcelas em 2021.
“As operadoras não explicaram como chegaram aos reajustes que aplicaram, o que motivou alguns aumentos tão expressivos”, afirma Fernando Capes, diretor executivo do Procon-SP. “O consumidor, que é o elo mais fraco nessa relação, não pode ser prejudicado. O Procon-SP, junto com a Procuradoria de Justiça do Estado, irá acionar a justiça”, avisa.
Apesar de já terem sido indagadas pelo Procon-SP, as operadoras não justificaram o aumento das despesas médico-hospitalares, nem informaram o índice de sinistralidade. Para o Procon-SP, é necessário que as empresas revejam os ajustes anuais dos planos de saúde coletivos.
Aumento nas reclamações
O Procon-SP observou um aumento expressivo com relação às demandas contra planos de saúde – foram 962 no primeiro mês de 2021, contra apenas nove no mesmo período de 2020.
Fonte: Procon-SP
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