Inteligência Artificial e os desafios para os seguros de riscos cibernéticos

A Inteligência Artificial (IA) já se tornou familiar a uma boa parte das pessoas, passando a fazer parte da paisagem tecnológica a que estão acostumadas. Nas empresas, fala-se com naturalidade sobre as muitas possíveis aplicações aos negócios das ferramentas que se utilizam de recursos de IA. E a IA generativa acelera ainda mais essa evolução, capacitando máquinas não apenas a compreender dados, mas também a gerar conteúdos inovadores e relevantes.

Existe um outro lado – ameaçador – que também tem sido foco de considerações e preocupações: ao mesmo tempo em que se vislumbram muitos potenciais benefícios para as empresas e pessoas, também se divisam ameaças preocupantes, especialmente no âmbito dos crescentes riscos cibernéticos.

À medida que as empresas forem se tornando mais e mais dependentes de tecnologias que se utilizam de recursos da IA para lidar com dados sensíveis e automação de processos críticos, a vulnerabilidade a ameaças cibernéticas também irá se intensificando. Isso ocorre, por exemplo, pela possibilidade de criminosos poderem explorar falhas nos sistemas baseados em IA e na governança de Tecnologia da Informação (TI), manipulando algoritmos ou afetando os dados por eles utilizados na criação de modelos.

Essa rápida transformação – quase uma revolução tecnológica – afeta, naturalmente, os produtos de seguros para riscos cibernéticos. As seguradoras estão procurando compreender tanto os novos riscos trazidos pelo uso da IA quanto as mudanças que sua utilização traz para riscos já conhecidos – como o ransomware e o phishing, que têm atormentado pessoas e organizações de todos os tipos.
A subscrição de riscos de tipos considerados tradicionais é um processo bem definido. Os riscos cibernéticos – ainda que não sejam mais considerados tão novos – continuam desafiando a criação de modelos estáveis para uso pelas companhias para a sua análise e, no caso de aceitação, para a sua correta precificação.

As seguradoras estão buscando alternativas, indo além das coberturas tradicionais e criando soluções mais personalizadas e adequadas aos novos desafios. Por exemplo, algumas companhias estão oferecendo serviços de gestão de riscos como parte de seus pacotes de seguro cibernético – como avaliações de segurança cibernética, programas de treinamento para funcionários e planejamento de resposta a incidentes. Outras seguradoras estão revisando seus portfólios, buscando determinar seu apetite para subscrição de riscos cibernéticos relacionados à Inteligência Artificial.

Mais do que desenvolver produtos que cubram prejuízos decorrentes de falhas em sistemas que utilizam recursos de IA, as seguradoras desempenham um papel essencial para a melhoria da proteção contra os riscos cibernéticos ao estimular estratégias proativas de gestão de riscos. A colaboração entre as seguradoras, empresas e especialistas em segurança cibernética é parte do caminho para se criar soluções adequadas aos novos desafios, garantindo a proteção das organizações e empresas contra as ameaças cibernéticas, em rápida evolução.

 

Fonte: Conhecer Seguros – Texto publicado na 38ª edição da Revista Seguro Nova Digital

 

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