Analisando o quadro macroeconômico, a nova edição da Conjuntura CNseg prevê que, após o curto ciclo de retomada, dois fatores podem travar a continuidade de crescimento neste trimestre: a segunda onda da pandemia da Covid-19 e a falta de reativação de incentivos econômicos adotados no ano passado, sobretudo o auxílio emergencial.
O estudo, de autoria da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), mostra que o quadro de incertezas afeta significativamente os indicadores de confiança da economia, com expectativas menos otimistas de empresários e consumidores, além de previsão de queda do PIB do primeiro trimestre.
A entidade aponta que o resultado disso é o prolongamento do caráter heterogêneo do choque econômico causado pela pandemia nos próximos meses. “A indústria, que teve aumento de demanda por seus produtos durante os meses de isolamento e pôde mais facilmente retomar suas atividades, com algum grau de segurança sanitária, deve se sair melhor no atual cenário. Já o comércio pode conviver com um cenário menos amigável, devido à redução do auxílio emergencial, ao aumento da inflação e à retomada de outras atividades econômicas. Os serviços tendem a manter o movimento de vaivém de resultados, apresentando recuperação lenta”, reforça.
Apesar da grande incerteza, com probabilidade de a economia ter um ano de crescimento baixo, há dados que podem atenuar esse cenário, como a eleição de novas lideranças no Congresso Nacional mais alinhadas ao Palácio do Planalto. “Algo importante para aprovar medidas em prol da economia, inclusive as reformas estruturantes, além do ritmo da vacinação, fundamental para que o País retome o crescimento de forma mais organizada”, destaca a Confederação.
Fonte: com informações da CNseg
Notícias relacionadas:
Covid-19 agrava riscos políticos e de terrorismo a nível global
