Uma das principais novidades tecnológicas dos últimos tempos, o ChatGPT tem conquistado usuários em todo o mundo e, em apenas dois meses, angariou mais de 100 milhões de participantes. A plataforma de Inteligência Artificial (IA) promete revolucionar o modo como os textos são produzidos e deve impactar todos os setores da economia, inclusive o jurídico.
A ferramenta utiliza o processamento de linguagem natural (ou seja, entende o significado das frases) e interage com o usuário de forma conversacional. A Inteligência Artificial generativa permite a criação de textos a partir de comandos textuais (prompts/perguntas). Com isso, a ferramenta pode ser ‘treinada’ para que as respostas se tornem mais precisas, de acordo com as demandas do usuário.
A CEO da Deep Legal, Vanessa Louzada, explica que o serviço disponível gratuitamente possui funções como responder perguntas, resolver equações matemáticas, escrever textos, depurar e corrigir códigos, traduzir entre idiomas, criar resumos de textos, fazer recomendações, classificar coisas e explicar o que algo faz, como um bloco de código. Seu raciocínio é feito a partir das informações de texto que foram inseridas nele, ou seja, é possível interpretar e esclarecer o que já possui treinamento.
A executiva elenca cinco aplicações que o ChatGPT traz à prática jurídica:
1. Área acadêmica: facilitação na elaboração de matérias, artigos e outros tipos de conteúdo;
2. Criação e revisão de documentos (incluindo peças processuais e contratos): criação e revisão de documentos em busca de possibilidades, inconsistências, erros ortográficos e omissões;
3. Marketing jurídico: engrenagem na produção de conteúdo, trazendo novas ideias, sugestões e direcionamentos;
4. Previsão de resultados: previsão de resultados em processos jurídicos, auxiliando na tomada de decisões sobre determinado tema;
5. Respostas ágeis e descomplicadas: respostas a perguntas frequentes sobre a área de atuação. Ajuda a economizar tempo e esforço, com linguagem jurídica descomplicada, liberando os profissionais para se concentrarem em questões mais complexas no dia a dia.
Mesmo com todas as vantagens que esse software traz, o uso do ChatGPT deve ser feito com cuidado, pois, embora se tenha notícia de que foi “aprovado” na 1ª fase da OAB e também possui a capacidade de produzir sentenças, temas mais complexos ainda não treinados pela ferramenta podem não ser respondidos de forma assertiva, isso porque os processos jurídicos não estão totalmente organizados e o conteúdo possui muitas variações.
“O ChatGPT não está totalmente treinado para responder perguntas mais complexas considerando múltiplos comandos. Por isso é importante aliar o uso e o treinamento às soluções de tecnologia já disponíveis no mercado como o Legal Analytics, por exemplo, que faz a mineração em todos os bancos públicos da Justiça”, explica Vanessa.
Fonte: Deep Legal
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