Forma de pagamento popular no Brasil, o parcelamento sem juros no cartão de crédito está sendo alvo de discussões nos últimos dias. Em audiência no Senado, na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sugeriu uma taxação para conter a compra desenfreada no crédito em uma quantidade muito grande de parcelas.
A medida não tem o apoio do governo federal, que defende uma nova saída para as altas taxas de juros do rotativo. Posição semelhante é adotada pelo Sebrae, que aponta que o alto valor cobrado nos juros do rotativo pode prejudicar o funcionamento das empresas e impedir o consumo das famílias.
Outro modelo sugerido pelos bancos condiciona o parcelamento sem juros ao tipo de bem de consumo – durável, semi ou não durável. Assim, um eletrodoméstico poderia ser vendido em um maior número de parcelas sem juros do que uma roupa, por exemplo. No dia 14 de agosto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o fim do parcelamento sem juros não é a resposta para acabar com as altas taxas de juros do rotativo. “Não podemos perder de vista o varejo. Porque as compras são feitas assim no Brasil, então não pode mexer nisso”, afirmou.
Nesse mesmo caminho, o presidente do Sebrae, Décio Lima, lembra que o acesso a crédito no Brasil é ainda um dos grandes entraves que impedem o desenvolvimento econômico e social do País de forma mais vigorosa e sustentável, tanto para as empresas quanto para as famílias.
“Estamos atentos e apoiamos as iniciativas dos Poderes Executivo e Legislativo em relação aos exorbitantes juros cobrados no crédito rotativo e esperamos que sejam mais transparentes e, obviamente, que a discussão não prejudique o funcionamento das empresas e impeça o consumo das famílias”, argumentou Lima. “É preciso corrigir o problema dos juros, mas, ao mesmo tempo, não criar outros.”
Fonte: Sebrae
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