O seguro de crédito passou a merecer atenção redobrada a partir das informações negativas referentes a uma das maiores redes varejistas do País, entre outras empresas. De acordo com a CEO da Coface Brasil, Rosana Passos de Pádua, a situação abalou toda a economia.
“Podemos dizer que o mercado de seguro de crédito se divide entre antes e depois desses eventos. A partir desses casos, acendeu um sinal de alerta para a necessidade de estar protegido para situações imprevistas. O seguro de crédito deve ser contratado para proteção de eventos inesperados, assim como os demais seguros que existem”, afirma.
Nos últimos dias, a Coface passou a receber um número crescente de pedidos de informação sobre o seguro de crédito. “Está ficando cada vez mais evidente que, ao contratar o seguro de crédito, a empresa passa a receber uma avaliação da carteira feita por especialistas e tem um acompanhamento contínuo. Com isso, identificamos facilmente os clientes em situação difícil e os bons pagadores, o que deixa as empresas informadas sobre os riscos, mesmo os mais inesperados”, aponta Rosana.
Ao se inteirar dos detalhes, as companhias verificam que o custo de contratar esse seguro é muito baixo comparado ao benefício, ao contrário do que se costuma imaginar. Além disso, ficam informadas sobre a abrangência e qualidade das informações oferecidas, optando pela segurança em lugar do “achismo”.
“Ainda há companhias que dizem não precisar do seguro de crédito porque ‘conhecem bem’ seus clientes e confiam neles. Mas, não se trata de confiança, é uma questão de circunstância. As empresas não precisam correr um risco desnecessário quando têm à disposição uma ferramenta que as protege a um baixo custo de contratação.”
De acordo com a CEO da Coface Brasil, as incertezas do cenário econômico já vinham chamando a atenção desde o início da escalada da taxa de juros: “Tivemos uma queda acentuada da inadimplência em 2021, mas, na virada de ano para 2022, já percebemos um aumento no número de sinistros. À medida que os juros foram subindo, a curva de inadimplência também se acentuou e chegamos agora a níveis recorde de atraso de pagamentos.”
Atualmente, as empresas estão fazendo um esforço ainda maior para conseguir resultado suficiente para pagar o serviço da dívida. A executiva afirma que, na maioria dos casos, a solução tem sido diminuir de tamanho para conseguir gerar caixa a ponto de reduzir a alavancagem. “Não se pode esquecer que muita empresa cresceu alavancada porque estava barato tomar recursos no período de juros baixos. Com um cenário totalmente diferente, agravado agora pelos casos mais recentes, a busca por proteção tem sido ainda maior”.
Em um quadro tão desfavorável, que cria dificuldades principalmente no fluxo de caixa, o seguro de crédito torna-se um diferencial importante para as empresas em relação a suas concorrentes. “As companhias precisam cada vez mais de proteção, mas não têm outras alternativas eficazes comparadas ao seguro de crédito para proteção de resultado e de fluxo de caixa. Na maioria dos casos, opta-se por diminuir o tamanho da empresa para gerar caixa a ponto de reduzir a alavancagem. O seguro de crédito é um aliado importante em situações como essas, evitando que fatos inesperados tornem ainda mais difícil sobreviver em meio a tanta turbulência”.
Fonte: com informações da Coface
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