Seguradoras avançam nos compromissos ASG em uma década

Dez anos após a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) aderir aos Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI), da Iniciativa Financeira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP-FI), seguradoras que totalizam 60% da arrecadação de prêmios no setor brasileiro afirmam que passaram a incluir parâmetros ASG em processos relativos à subscrição de riscos e gestão de investimentos. Em 2012, esse número não chegava a 20%.

A partir da assinatura do compromisso, assumido durante a Conferência Rio + 20, a confederação criou um Comitê de Sustentabilidade por meio do qual passou a monitorar os índices do setor. “As seguradoras que aderiram ao PSI representavam cerca de 52% da arrecadação total de prêmios no Brasil. Uma década depois, o número de signatárias aumentou, alcançando 83% da arrecadação de prêmio, mostrando que as seguradoras do Brasil estão conectadas com essa agenda. Algumas empresas, por exemplo, estão comprando créditos de carbono para compensar as metas de emissão de carbono dos automóveis da frota segurada”, explicou o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, em transmissão online durante o evento “Dez anos depois do PSI: ampliando a sustentabilidade no seguro na Década de Ação das Nações Unidas”, organizado pela UNEP-FI e que reuniu lideranças do setor segurador de diversos continentes.

Outro passo importante nessa agenda será dado ainda este ano, quando a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que apoia os PSI desde 2016, publicar o primeiro normativo setorial de requisitos de sustentabilidade a serem exigidos das seguradoras. “É uma regulação inteligente na qual o regulador vai providenciar a estrutura na qual as empresas poderão divulgar as questões ASG de acordo com as suas próprias políticas”, avalia Dyogo Oliveira.

O presidente da CNseg também anunciou que, a partir de julho, a confederação vai patrocinar a realização de um projeto em parceria com a UNEP FI, que terá nove meses de duração e o objetivo de orientar as seguradoras brasileiras “não vida” – em relação a análise dos riscos climáticos, de acordo com as recomendações da Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas ao Clima (TCFD).

“Serão quatro frases. A primeira, educativa, com treinamento para integrantes do setor segurador. No passo seguinte, uma consultoria vai produzir um heat map sobre riscos climáticos por cada região brasileira. Na sequência, vamos estimar o impacto financeiro dos riscos ASG e, por último, vamos produzir um relatório que será dividido com a indústria. Estamos entusiasmados em dar início a este trabalho que vai mostrar como estes riscos influenciam os negócios de forma ampla”, afirmou o presidente da CNseg.

Dyogo Oliveira finalizou a apresentação anunciando que, em setembro de 2023, o Brasil vai sediar a Conferência Hemisférica da Federação Interamericana de Seguros (FIDES), principal encontro hemisférico do setor segurador. Representantes de mais de 40 países vão debater temas como sustentabilidade, transformação digital e desafios sociais que impactam o crescimento econômico global. A CNseg preside a Comissão Regional Sul da Fides até 2024.

 

Fonte: CNseg

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