Os reajustes aplicados aos planos de saúde coletivos seguem elevados em 2025, mas mostram movimentos distintos conforme o tipo de cobertura e o porte dos contratos. Dados atualizados até agosto no Painel de Reajustes de Planos Coletivos indicam que os planos de assistência médico-hospitalar registraram alta média de 11,15% no acumulado do ano, percentual um pouco menor do que o observado em 2024. Já nos planos exclusivamente odontológicos, o aumento médio foi de 3,68%, mantendo estabilidade em relação ao ciclo anterior.
O painel, atualizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), consolida os reajustes anuais informados pelas operadoras com base na variação de custos assistenciais efetivamente praticada, permitindo consultas por modalidade, porte de contrato e por operadora.
Nos planos médico-hospitalares, as empresas com menos de 30 vidas continuam a sentir os maiores impactos. O reajuste médio nesse grupo atingiu 14,81%, quase cinco pontos acima dos contratos de maior porte, que ficaram em 9,95%. Segundo os dados, um em cada quatro beneficiários de planos coletivos reajustados em 2024 fazia parte de contratos pequenos, proporção mantida em 2025. Além disso, a presença dos contratos com até cinco vidas segue em crescimento e já alcança 15% dos vínculos nesse segmento.
No mercado exclusivamente odontológico, os reajustes seguem bem abaixo dos verificados na saúde médico-hospitalar. Nos contratos menores, a alta média foi de 5,29%, contra 3,27% nos demais. Diferentemente da saúde, esse segmento não é submetido às regras de agrupamento de contratos. A participação dos vínculos de menor porte também expandiu ao longo da última década, chegando a mais de 21% em 2024.
O painel é alimentado trimestralmente com dados do conjunto “Reajuste de Planos Coletivos”, disponível no Portal Brasileiro de Dados Abertos, e contempla os contratos firmados sob a regulamentação da Lei nº 9.656/98, com preço preestabelecido. As estatísticas podem ser consultadas no site da ANS, no espaço dedicado a dados e indicadores do setor.
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