Provisões técnicas do setor de seguros atingem R$ 2,02 trilhões e equivalem a 16,1% do PIB

O volume de provisões técnicas do setor supervisionado de seguros alcançou R$ 2,02 trilhões em outubro de 2025, o equivalente a 16,1% do Produto Interno Bruto (PIB), no acumulado de 12 meses. O dado, divulgado na edição de outubro do Boletim Susep, evidencia a robustez das reservas mantidas pelas seguradoras, entidades de previdência complementar aberta e sociedades de capitalização para garantir o cumprimento de compromissos futuros com segurados, participantes e beneficiários.

As provisões técnicas representam valores estimados e segregados para assegurar indenizações, benefícios e resgates ao longo do tempo. A evolução desse estoque, apresentada no boletim, permite acompanhar a capacidade financeira do setor diante de obrigações de longo prazo, um fundamento clássico do mercado de seguros que segue atual mesmo com os avanços regulatórios recentes.

Segundo o superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, o patamar alcançado ganha relevância adicional diante das mudanças no marcoregulatório. “A Resolução Conjunta CNSP/CMN nº 12, de 2024, regulamentou a faculdade de utilização do direito de resgate de determinados produtos, como planos de previdência complementar aberta, seguros de pessoas com cobertura por sobrevivência e títulos de capitalização na modalidade tradicional, como garantia em operações de crédito”, afirma. O superintendente ressalta que esses produtos contam com reservas matemáticas individualizadas, que integram o estoque de provisões técnicas do setor supervisionado.

No desempenho operacional, o setor registrou receitas de R$ 346,33 bilhões entre janeiro e outubro de 2025, montante 4,09% inferior, em termos nominais, ao apurado no mesmo período de 2024, quando totalizou R$ 361,09 bilhões. Em sentido oposto, as indenizações, resgates, benefícios e sorteios pagos somaram R$ 221,98 bilhões no acumulado até outubro, crescimento nominal de 9,93% na comparação anual, indicando maior volume de pagamentos aos consumidores.

Os seguros de danos e de pessoas, excluindo o VGBL, arrecadaram R$ 184,58 bilhões nos dez primeiros meses de 2025, com avanço nominal de 7,51% frente ao mesmo intervalo do ano anterior. Dentro dos seguros de danos, o seguro automóvel manteve a liderança, respondendo por 42% das receitas do segmento, com crescimento nominal de 6,52% e real de 1,29%.

Nos seguros de pessoas, o seguro de vida apresentou desempenho mais acelerado, com alta de 12,43% em termos nominais e de 6,89% em termos reais no período de janeiro a outubro de 2025, na comparação com igual intervalo de 2024.

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