Na última quinta-feira (02/12), aconteceu o painel “Proteção Financeira e Longevidade”, do Sou Segura Summit 2021, com participação das professoras da Conhecer Seguros e da Methas Iter, Sandra Regina Petroncare e Daniela Paschoal. Também participaram da palestra os especialistas Roberta Porcel, Fernanda Fontes e Rodrigo Paes.
Durante o painel, mediado por Daniela Paschoal, a professora Sandra definiu a educação financeira como um processo iniciado aos cinco anos de idade, mas que ainda não é matéria de estudo na formação do cidadão brasileiro, sendo geralmente reduzida a uma tabela dividida entre ganhos e gastos.
Para Sandra, a educação financeira deve sair da teoria e se concentrar na prática, sobretudo, na orientação dos mais jovens. “É necessária a conscientização do jovem sobre instrumentos financeiros, como o Tesouro Direto, para que ele consiga se planejar frente ao aumento da longevidade. Além disso, uma população consciente financeiramente colhe benefícios como a queda dos juros e o alívio nas contas da previdência”, apontou.
Roberta Porcel mencionou a questão da previdência social em uma população mais longeva e com menor taxa de natalidade. Segundo a especialista, a tendência será viver mais, trabalhar mais e se aposentar mais tarde, portanto, alguns conceitos e noções de educação financeira devem ser revistos. “No Brasil, o seguro automóvel tem demanda ampla e muito maior do que o seguro de vida. É irônico, já que um patrimônio jamais terá mais valor do que a vida”, mencionou.
Rodrigo Paes enfatizou a linguagem simples como principal ferramenta para atrair a população para a educação financeira. Para ele, os benefícios de programas, como a previdência complementar, se explicados com lucidez, não deixarão dúvidas de suas vantagens e motivarão as pessoas a tomarem a iniciativa de fazer suas aplicações.
Por fim, Fernanda Fontes discutiu a responsabilidade social das empresas em proporcionar e manter planos de aposentadoria. Ela também compartilhou sua percepção da importância de se contar com conhecimento financeiro adequado, algo que surge com relação, por exemplo, aos indexadores que são escolhidos para os planos. Neste caso, a dificuldade do entendimento do comportamento desses indexadores por participantes pode gerar muitas demandas tanto para as áreas de RH das empresas quanto às próprias seguradoras.
Esse cuidado com a comunicação evidencia, também, a importância de se utilizar linguagem simples. “O RH deve esclarecer os formatos, conceitos e benefícios dos programas de previdência. Se orientado e guiado propriamente, a pessoa certamente contratará um programa que irá ajudá-la no longo prazo”, concluiu.
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