A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou, no dia 8 de dezembro, os resultados contábeis das operadoras de saúde no terceiro trimestre de 2022. Os planos médico-hospitalares tiveram prejuízo operacional de R$5,5 bilhões. O setor vem de uma série negativa histórica de seis trimestres com resultados negativos, além de um índice de sinistralidade próximo a 90%.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) alerta para o cenário crítico e preocupante do setor. “Os resultados do terceiro trimestre reforçam o que as operadoras vêm alertando já há algum tempo: desde a pandemia, a saúde suplementar tem sido pressionada por uma expressiva alta dos custos assistenciais”, aponta Vera Valente, diretora-executiva da Federação.
De acordo com a entidade, entre os fatores conjunturais que impactaram o resultado está o aumento da procura por procedimentos médicos que ficaram represados na pandemia, a elevação dos custos de insumos médicos e a cobertura obrigatória de tratamentos e tecnologias cada vez mais caras e complexas, o que tende a se agravar com as mudanças legislativas recentes. “Os recursos são finitos e, cada vez mais, é preciso rigor nas escolhas do que deve ou não ser oferecido pelo sistema, sob pena de inviabilizar seu funcionamento e o atendimento a 50 milhões de brasileiros”, explica a diretora-executiva da FenaSaúde.
Fonte: FenaSaúde
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