Otimismo entre empresas sobre queda do endividamento e da inadimplência aumenta no 4º trimestre, diz pesquisa da Boa Vista

O número de empresários que creem em queda nos níveis de endividamento e da inadimplência em seus negócios ainda em 2022 teve aumento considerável neste 4º trimestre, em comparação com o trimestre anterior, segundo pesquisa da Boa Vista, empresa de inteligência analítica. Neste 4º trimestre, 49%, responderam à Boa Vista que esperam diminuição do endividamento até o fim do ano, contra 39% no 3º trimestre. Os números deste último trimestre do ano são semelhantes aos do mesmo período de 2021, quando 51% tinham a mesma expectativa.

Em relação à inadimplência, o salto de empresas que esperam queda foi ainda maior, passando de 32% no trimestre passado para 45% neste 4º trimestre, mesmo número registrado no último trimestre do ano passado, como apontam os gráficos abaixo.

 

 

“Esse aumento no otimismo dos empresários veio acompanhado de uma melhora, desde o início do ano na verdade, nas projeções de crescimento da economia. Mas em meio a um cenário de juros mais altos, que tende a se estender por mais tempo, essa percepção pode vir a oscilar de forma considerável. Então, a cautela também deve nortear parte das decisões das empresas daqui em diante. Na prática, isso já tem sido feito, tanto que a taxa de inadimplência das empresas segue abaixo do pico observado durante a pandemia. Segundo o Banco Central a taxa chegou ao patamar de 2,29% em maio de 2020 e o dado mais recente, de outubro, está na casa de 1,67%”, avalia o economista Flavio Calife.

Já quando o assunto é faturamento das empresas, houve uma pequena queda no número de empresários que esperam aumento, porém eles ainda são a maioria: 64%, contra 68% no trimestre anterior, mesmo número no 4º trimestre de 2021. 24% esperam estabilidade e 12% creem que o faturamento vai cair até o fim do ano.

 

Investimentos

A pesquisa aponta ainda que 62% dos empresários consultados pretendem aumentar os investimentos em seus negócios até o fim de 2022. No trimestre anterior, estes eram 58%, e no 4º trimestre de 2021, eram 61%. 21% esperam estabilidade nos investimentos e 17%, queda.

Entre os 62% dos empresários que planejam aumentar os investimentos ainda esse ano, questionados sobre novos investimentos em produtos e serviços, 72% (vs 68% no 3º tri de 22) responderam que planejam aumentá-los até o fim de 2022. Já sobre investimentos em tecnologia, são 69% (vs 64% no 3º tri de 22) as empresas que planejam aumentar os investimentos nessa área. Questionados sobre investimentos em capacitação de mão de obra, 67% (vs 64% no 3º tri de 22) dos entrevistados pretendem aumentá-los, enquanto em relação a investimentos em insumos e matéria-prima, 67% acreditam em aumento (vs 62% no 3º tri de 2022).

Ainda entre os empresários que pretendem aumentar os investimentos, a maioria aponta ‘boas perspectivas econômicas e políticas’ como principal motivo para o aumento dos investimentos. Em segundo lugar, o objetivo de atender melhor os clientes. Em terceiro, a retomada econômica vinda após as fases mais graves da pandemia.

Já entre os que responderam que vão diminuir os investimentos neste final de 2022, a maioria aponta a diminuição da demanda de seus produtos/serviços como a primeira explicação, e o reflexo da alta da inflação e dos preços como o segundo motivo, além da escassez de capital de giro.

 

Crédito

Por fim, a pesquisa da Boa Vista apontou cenário semelhante na intenção de demanda por crédito na comparação com o último trimestre. Nesse 4º trimestre de 2022, 60% afirmaram que buscarão crédito no mercado (contra 61% no 3 º tri), ao passo que 40% não têm a mesma intenção, contra 39% no trimestre anterior. No mesmo trimestre de 2021, entretanto eram apenas 33% os que iam buscar crédito, representando uma alta significativa nessa comparação.

Entre quem vai solicitar crédito, 62% o farão para realizar investimentos, contra 61% no 3º trimestre de 22. Outros 23% vão solicitar crédito para garantir o capital de giro, contra 22% no trimestre anterior. 15% usarão o crédito para o pagamento de dívidas já assumidas, contra 17% no trimestre imediatamente anterior.

44% acreditam que pagarão taxas de juros mais elevadas em comparação ao ano de 2021, contra 62% no 3º trimestre de 2022. 16% esperam contratar crédito e pagar uma taxa de juros igual à praticada no ano de 2021, contra 12% no trimestre passado. 40% acreditam que conseguirão pagar taxas de juros menores, contra 26% no 3º trimestre de 2022.

 

Metodologia

A pesquisa Perspectiva Empresarial, realizada pela Boa Vista, foi baseada em um questionário estruturado, aplicado no 4º trimestre de 2022, com participação de cerca de 500 empresas, representantes dos principais setores econômicos, localizadas em diferentes regiões do Brasil. O índice de confiança é de 90% e a margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

 

Fonte: Boa Vista

 

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