
Por Camille Ocampo*
A transformação digital deixou de ser uma tendência para se tornar uma necessidade no mundo corporativo. Em 2025, empresas que ainda operam com sistemas legados enfrentam um desafio: modernizar suas infraestruturas ou perder competitividade. Com mais de 800 bilhões de linhas de código Cobol ainda em uso, a chamada “segunda onda” da transformação digital prevê a integração de inteligência artificial (IA) e modelos híbridos, que conectam soluções tradicionais a novas plataformas em nuvem.
A modernização, no entanto, precisa ser conduzida de maneira estratégica. Em 2024, muitas empresas apostaram exclusivamente na IA generativa, sem uma visão integrada de suas necessidades tecnológicas. O próximo passo será combinar IA com outras soluções digitais para construir um ecossistema mais eficiente. Além disso, a automação de processos e a análise preditiva terão um papel fundamental na otimização das operações, permitindo a redução de custos e o aumento da produtividade.
A personalização da tecnologia será um diferencial. Modelos de IA modularizados e a expansão de microsserviços devem facilitar uma transição gradual para novas plataformas, sem comprometer operações. O conceito de “TI de duas velocidades” ganha relevância ao viabilizar a modernização contínua, enquanto mantém processos essenciais em funcionamento. Empresas que adotarem essa abordagem minimizarão riscos e terão maior flexibilidade para evoluir conforme a demanda do mercado.
Outro ponto essencial é a segurança cibernética. Com a crescente digitalização, as ameaças também se intensificam. Proteger dados e garantir a conformidade com regulamentações será crucial para operar de forma segura. Estratégias como autenticação multifator e uso de blockchain devem ser incorporadas às novas infraestruturas para assegurar a integridade e a confidencialidade das informações.
O desafio vai além da atualização de sistemas. Empresas que alinharem inovação tecnológica a estratégias de negócio estarão mais bem posicionadas para enfrentar um mercado competitivo. A integração de sistemas legados com novas tecnologias será decisiva para o crescimento. Em um ambiente de rápidas transformações, investir em modernização não é apenas uma vantagem – é uma questão de sobrevivência. Quem souber equilibrar inovação, eficiência e segurança ocupará a vanguarda da nova era digital.
* Camille OCampo é diretor executivo da Capco
Cursos relacionados da Conhecer Seguros:
>> Riscos, Direito e Seguros Cibernéticos
>> Sistema Financeiro Nacional
Veja também
>>> Mais Humana: as Oportunidades da Revolução da IA no Setor de Seguros
>>> IA e a nova era dos seguros: agilidade, precisão e personalização
>>> Em 4 anos de Open Finance no Brasil, consentimentos chegam a 62 milhões