O teste diagnóstico para monkeypox (doença nomeada anteriormente como varíola dos macacos) foi aprovado, no dia 19 de setembro, para inclusão ao Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, durante reunião da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A partir da publicação da Resolução Normativa que atualiza o rol, os beneficiários de planos de saúde que apresentarem indicação médica, conforme definição do Ministério da Saúde, poderão realizar o teste para a detecção do vírus monkeypox (MPXV) por biologia molecular.
A inclusão do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias foi feita de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo.
De acordo com as informações divulgadas, no dia 13 de setembro, pelo Boletim Epidemiológico de Monkeypox número 11, do Centro de Operação de Emergência (COE), do Ministério da Saúde, desde 23 de maio deste ano – quando o COE iniciou o monitoramento e a análise de dados sobre a doença no Brasil – foram confirmados 5.443 casos, com 2 óbitos.
A monkeypox é uma zoonose viral, cuja transmissão pode ocorrer por meio do contato com animais, seres humanos infectados e até mesmo do contato com secreções contendo o vírus. Guardando algumas semelhanças com a varíola comum, os sintomas, contudo, tendem a ser mais leves e a letalidade, consideravelmente mais baixa.
Apesar do nome, é importante salientar que o macaco (monkey, em inglês) não é reservatório do vírus da varíola – ainda não se sabe com certeza quais são as fontes, mas acredita-se que sejam pequenos roedores das florestas tropicais da África, já que o monkeypox é encontrado com frequência nessas regiões, sendo a doença considerada endêmica em diversos lugares na região.
Rol
A incorporação do teste para monkeypox faz parte do processo dinâmico de revisão do Rol, que tem sido aprimorado sistematicamente. Esta é a 12ª atualização da lista de coberturas obrigatórias em 2022, que incluíram 11 procedimentos e 20 medicamentos somente neste ano, bem como ampliações importantes para pacientes com transtornos de desenvolvimento global, como o Transtorno do Espectro Autista, além do fim dos limites para consultas e sessões de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia, desde que sob indicação médica.
Fonte: ANS
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