Uma pesquisa realizada pela KPMG com executivas líderes brasileiras apontou que 86% delas já tiveram que lidar com alguma forma de discriminação e estereotipagem na carreira. Esses fatos ocorrem, principalmente, no comportamento geral (32%), na comunicação (24%) ou, sobretudo, com demonstrações de favoritismos (24%). Essas são as principais conclusões de um estudo realizado com cerca de 50 executivas no Brasil.
Os riscos associados à atração e retenção de talentos (45%), segurança cibernética (43%) e tecnologias disruptivas lideram o ranking de preocupações das executivas. Para responder a essas ameaças, elas apostam em estratégias como as seguintes: agregar valor ao que é ofertado aos profissionais, atrair e reter pessoas (34%); expandir a digitalização para todas as áreas operacionais (23%) e aprimorar a resiliência em segurança cibernética (16%).
Para elas, o desafio mais importante para comunicar os assuntos relativos à prática ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) para as partes envolvidas é que os relatórios de desempenho referentes a esses aspectos ainda não têm o mesmo rigor dado às divulgações das demonstrações financeiras, segundo 30% das entrevistadas.
Impactos da pandemia
O levantamento mostrou ainda que 25% das executivas brasileiras priorizam a adoção de uma nova cultura empresarial, com políticas que permitam, aos profissionais, encontrar um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho. Além disso, 21% delas acreditam que a maior parte dos funcionários irá trabalhar de forma não presencial de duas a três vezes por semana.
“As executivas reconhecem que a Covid-19 transformou profundamente a economia global, as interações humanas e as relações de trabalho e o modo como os profissionais encaram o dia a dia. Meses de trabalho remoto não podem ser simplesmente esquecidos, tampouco os investimentos em tecnologia e as transformações culturais que eles induziram e demandaram no universo corporativo para que não houvesse perda de qualidade, produtividade e eficiência”, analisa a sócia da KPMG líder do grupo de liderança feminina chamado KNOW (KPMG’s Network of Women), Janine Goulart.
Recorte América do Sul
O estudo apontou que as executivas sul-americanas têm desafios em comum com as brasileiras já que enfrentam situações semelhantes para lidar com o preconceito no ambiente corporativo, para superar os estereótipos e para se ajustar a um mundo impactado por crises.
Quase 75% das sul-americanas já se depararam com situações de intolerância e estereotipagem, principalmente, nos âmbitos do comportamento geral (31%) e do tratamento diferenciado feito de maneira imprópria (24%). Para 51% delas, o impacto negativo da pandemia sobre os locais de trabalho atrapalhou as conquistas previstas e, para 37%, a pandemia pode ter exercido um efeito benéfico sobre a trajetória profissional.
“Essas executivas sabem que a atualização sobre as novas tecnologias é essencial para enfrentar desafios e ajustar-se às imposições do mundo corporativo, e estão cientes de que as pautas ESG permanecerão relevantes para as discussões públicas. Também reconhecem que as empresas precisam construir estratégias e operações ao torno de eixos centrais. São aspectos que aprofundam a guerra por talentos. Atrair e reter as pessoas certas não é tarefa fácil, seja qual for a região do mundo”, afirma a sócia líder do Comitê de Inclusão, Diversidade e Equidade da KPMG no Brasil e na América do Sul, Patricia Molino.
Fonte: A KPMG
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