IRB(Re) registra lucro líquido de R$ 20,1 milhões no 2T23

O IRB(Re) fechou o segundo trimestre de 2023 (2T23) com lucro líquido de R$ 20,1 milhões. Os números, divulgados no dia 14 de agosto, mostram evolução do ressegurador, com resultado positivo pelo segundo trimestre consecutivo. Houve alta de R$ 393,4 milhões, com reversão do prejuízo líquido de R$ 373,3 registrado no 2T22. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o crescimento é de 57%. No acumulado do ano, a companhia obteve lucro líquido de R$ 28,7 milhões, alta de R$ 321,6 milhões ante o 1S22.

“Encerramos o 1S23 apresentando números que mostram a evolução contínua da companhia. Pouco a pouco, estamos retomando a ‘normalidade’. Como falei anteriormente, estamos vivendo uma empresa ‘estranhamente normal’. O IRB(Re) do futuro tem a sua gestão baseada na disciplina financeira, excelência na subscrição e agilidade na execução. O potencial de crescimento do nosso setor é enorme e, após o processo de ajuste, que trouxe equilíbrio a nossa carteira, estamos preparados para competir e crescer, pois temos como diferencial conhecimento, capacidade e profissionais qualificados”, comenta Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).

 

Resultado de subscrição positivo

O resultado de subscrição do 2T23 foi positivo em R$ 35,4 milhões, registrando alta de R$ 696 milhões em relação ao 2T22, quando foi apurado valor negativo de R$ 661 milhões. Vale destacar que, neste 2T23, assim como no 1T23 o resultado de subscrição no Brasil foi positivo: passou de R$ 536 milhões negativos, no 2T22, para R$ 18,1 milhões positivos. O mesmo ocorreu no exterior: de R$ 125,3 milhões negativos, no 2T22, para R$ 17,3 milhões positivos. Com isso, o resultado de subscrição acumulado no 1S23 é de R$ 39,1 milhões, ante os R$ 757,4 milhões negativos verificados nos primeiros seis meses de 2022.

Em linha com a estratégia de melhoria na qualidade de subscrição da companhia, o prêmio emitido total caiu 17,3% no 2T23 ante o mesmo período de 2022, alcançando R$1,39 bilhão. No 2T23, a participação de negócios firmados no Brasil teve alta, alcançando 71% do portifólio. Em relação ao volume, houve recuo de 13,8% na comparação com o 2T22, para R$ 994,3 milhões. O prêmio emitido no exterior, que representou 29% do portifólio, totalizou R$ 400 milhões no 2T23, o que representou queda de 24,7% em relação ao 1T22.

“A composição da nossa carteira está mais próxima do que consideramos ideal na estratégia da companhia, com redução da participação dos negócios no exterior. No 2T23, o exterior responde por 16% dos negócios realizados. No 2T21, eram 30% e, no 2T22, 18%. Essa conta exclui a América Latina, onde o volume se manteve praticamente estável em 13%. Ao mesmo tempo, os negócios no Brasil cresceram de 57%, no 2T21, para 71% no 2T23”, explica Daniel Castillo, vice-presidente de Resseguros do IRB(Re).

“Seguimos também com o processo de limpeza da carteira, que foi acelerado na renovação de negócios do 2T23 e se refletiu na redução do prêmio total. Nessa renovação do 2T23, embora tenhamos aceitado novos negócios, declinamos alguns que não eram rentáveis e reduzimos a participação em outros, sempre com o objetivo de termos uma carteira de melhor qualidade e mais rentável. Renovamos 80% dos contratos-alvo”, completa Daniel Castillo.

 

Índice de sinistralidade cai 51,6 p.p.

No 2T23, o sinistro retido total caiu 54,8%, em relação ao 2T22, fechando em R$ 751,5 milhões. O índice de sinistralidade passou de 124,2% para 73,6%, uma queda de 51,6 p.p., já demonstrando os efeitos da limpeza de carteira. No acumulado do ano, o índice de sinistralidade é de 75,6%.

A companhia melhorou o índice combinado – que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas – em 46 p.p., passando de 154,3%, no 2T22, para 108,3% no 2T23. Em relação ao 1T23, houve queda de 2,6 p.p.. Considerando o 1S23, o índice combinado também apresenta evolução, passando de 137,8%, no 1S22, para 109,7% agora.

“Este resultado demonstra que estamos no caminho correto, trabalhando em várias frentes paralelas como: subscrição mais seletiva, controle de despesas e maior aproximação com parceiros de negócios”, avalia Rodrigo Botti, diretor Técnico e de Operações do IRB(Re).

 

Evolução do fluxo de caixa

Em relação ao caixa operacional, no 2T23, houve evolução do fluxo de caixa, com consumo menor de R$ 171,6 milhões, comparado a um consumo de R$ 475,6 milhões no 2T22. O resultado do caixa nesse trimestre deu-se, principalmente, pelo menor recebimento de prêmios. No acumulado dos últimos 12 meses, o consumo foi de R$ 1,2 bilhão, considerando o 2T23 como data de corte.

“Com a estratégia de limpeza da carteira e, portanto, redução de prêmios recebidos, e ainda honrando sinistros de grande monta referente a riscos assumidos em anos anteriores, é esperado que haja este consumo de caixa. A reversão deste movimento deve acompanhar a redução da sinistralidade e o aumento de prêmios. O fluxo de caixa operacional continua em linha com a nossa expectativa”, diz Rodrigo Botti.

As despesas gerais e administrativas, no 2T23, totalizaram R$ 86,7 milhões, um acréscimo de 9,1%, que considera despesa não-recorrente de R$ 7,9 milhões em virtude do Programa de Demissão Voluntária (PDV) finalizado em maio. Excluindo seu efeito, a despesa no 2T23 estaria em linha com a do 2T22. No 1S23, excluindo o PDV e o acordo assinado no 1T23 com o DoJ e SEC, no valor de R$ 25,4 milhões, esta despesa totaliza R$ 142 milhões uma pequena melhora em relação aos R$ 150 milhões referentes ao 1S22.

O resultado financeiro e patrimonial, no 2T23, foi positivo em R$ 95,7 milhões, fechando o 1S23 em R$ 241,2 milhões. “Neste trimestre, houve redução de 8,3% no resultado financeiro, ante o 2T22, devido à apreciação do real. Em relação à carteira de ativos financeiros, fechamos o 2T23 com R$ 8,5 bilhões ante R$ 8,6 bilhões no 1T23. Tal variação decorre da evolução do fluxo de caixa”, explica Paulo Valle, diretor-geral da IRBAsset, braço de investimento do ressegurador.

 

Suficiência nos indicadores regulatórios

O IRB(Re) deve observar dois indicadores regulatórios, conforme dispõe normativo da Susep, órgão responsável pela supervisão do setor de seguros e resseguros: Índice de Suficiência de Patrimônio Líquido Ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido (CMR) e o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas. No 2T23, a companhia apresentou suficiência em ambos os índices.

“O primeiro indicador fechou o 2T23 com suficiência de R$ 323 milhões, ou seja, 22% acima do capital mínimo requerido. Já o Índice de Cobertura de Provisões Técnicas encerrou o trimestre com suficiência de R$ 519 milhões”, diz Thais Peters, diretora de Controles Internos, Riscos e Conformidade do IRB(Re).

 

Fonte: IRB(Re)

 

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