Fundos continuam a registrar mais saques do que aportes em fevereiro

Os fundos de investimento encerraram fevereiro com saldo negativo de R$ 28,6 bilhões. O dado é do Boletim de Fundos de Investimento, produzido pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA). Foi o quarto mês consecutivo em que a indústria registrou mais saques do que aportes.

“As incertezas macroeconômicas que vem marcando o início deste ano, como a taxa de juros e as indefinições fiscais, têm comprometido as alocações de recursos na indústria de fundos”, comenta o vice-presidente da ANBIMA, Pedro Rudge.

Assim como em janeiro, o resultado foi impactado pelo regaste líquido de R$ 15 bilhões dos multimercados e de R$ 6,2 bilhões dos fundos de ações. Em ambas as classes, as carteiras que lideram o movimento de saída são aquelas sem compromisso de concentração em estratégias específicas: multimercado livre (R$ 8,7 bilhões) e ações livre (R$ 3,7 bilhões).

A movimentação de recursos nos fundos de renda fixa voltou a se tornar desfavorável em fevereiro. Esta classe, que havia invertido o movimento de saídas em janeiro, apresentou saldo negativo de R$ 7,5 bilhões. Dois tipos lideram esse movimento com resgates líquidos de cerca de R$ 4,2 bilhões cada: o duração média grau de investimento e o duração baixa grau de investimento, que buscam retornos investindo em ativos de médio e curto prazo, respectivamente.

Somente os fundos estruturados tiveram resultado positivo em fevereiro. Os ETFs (Exchange-Traded Funds) apresentaram o melhor resultado do grupo, com captação líquida de R$ 1,4 bilhão. Em seguida, estão os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) e os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), que registraram aportes líquidos de R$ 466 milhões e de R$ 378 milhões, nesta ordem.

 

Rentabilidade

Apesar do saldo negativo em fevereiro, os tipos mais representativos em patrimônio líquido entre os multimercados e a renda fixa apresentaram rentabilidade positiva. No caso dos fundos de renda fixa, o tipo duração baixa grau de investimento teve valorização de 0,8% e acumula a maior alta da classe em 12 meses, de 12,73%.

Já nos multimercados, a rentabilidade do tipo investimento no exterior, que devem investir pelo menos 40% do patrimônio líquido em ativos financeiros no exterior, foi 0,37% no mês e 6,2% nos últimos 12 meses. Por outro lado, nenhum tipo de carteira de ações obteve retorno positivo em fevereiro. O tipo ações livre apresentou queda de 5,67%, acumulando perdas de 9,44% em 12 meses.

 

Fonte: ANBIMA

 

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