A demanda crescente por profissionais preparados para lidar com produtos mais complexos, novas tecnologias e desafios regulatórios continua moldando o mercado de trabalho em seguros no Brasil. É o que mostram as tendências do Guia Salarial 2026, divulgado pela consultoria Robert Half, que aponta um movimento consistente de valorização de especialistas capazes de atuar com profundidade técnica e visão analítica.
Segundo o levantamento, segmentos como corretoras de seguros e consultorias de benefícios, healthtechs conectadas a planos corporativos, insurtechs, resseguradoras e seguradoras tradicionais lideram a busca por talentos. Essas empresas vêm ampliando seus quadros para acelerar processos de inovação, reforçar a gestão de riscos e elevar a eficiência operacional, três pilares que, hoje, definem a competitividade no setor.
Para o diretor da Conhecer Seguros, Sidney Dias, esse movimento reforça a importância de investir em especializações que dialoguem com as exigências técnicas e regulatórias do setor. “O mercado está cada vez mais seletivo e as empresas buscam profissionais com preparo real para navegar por temas diversos, por isso, as especializações fazem diferença direta na carreira e aceleram oportunidades. A Conhecer Seguros se dedica justamente a oferecer essa base sólida para quem quer dar um passo adiante e se destacar”, afirma.
Nas áreas funcionais, a procura se concentra especialmente em atuarial, produtos, finanças e comercial. Entre os cargos permanentes mais demandados aparecem Analista de Finanças com foco em IFRS 17, Analista de Riscos, CFO, Executivo de Contas e Gerente Atuarial. Já nas posições por projeto, ganham espaço Analista de Produtos, Analista de Riscos, Analista de Sinistros, Coordenador de Transformação Digital e Executivo de Contas.
O relatório também revela que habilidades técnicas seguem em falta. Conhecimento em normas internacionais, modelagem de riscos, data science, machine learning, integração de sistemas core e experiência em M&A estão entre os requisitos mais difíceis de encontrar no mercado. Não por acaso, competências como IFRS 17, Solvência II, precificação atuarial e modelagem de riscos garantem salários acima da média em várias funções.
No radar dos profissionais, despontam como prioridades de desenvolvimento a inteligência artificial, big data e analytics, compliance regulatório ligado à Susep e competências de M&A e integração de carteiras.
O estudo ainda destaca os salários mais competitivos do setor: o cargo de Diretor(a) de Crédito e Risco lidera entre as posições executivas, com remuneração entre R$ 33.500 e R$ 50.200, enquanto o Analista Atuarial se destaca entre as demais, variando de R$ 11.400 a R$ 13.250.
O Guia Salarial 2026 consolida faixas de remuneração para mais de 300 cargos, expostas em três percentis baseados em qualificação, experiência e demanda de mercado: o 25º para profissionais em início de trajetória, o 50º para aqueles que já dominam a maior parte das habilidades necessárias e o 75º para talentos acima da média, com certificações e especializações avançadas.






