No dia 24 de junho, o diretor da Conhecer Seguros, Walter Polido, participou do programa Espaço Jurídico, da Rádio Bandeirantes 94,9FM, com apresentação de Gerson Anzzulin, sobre “Seguro ambiental”.
O jornalista introduziu o assunto explicando que o seguro ambiental é uma modalidade destinada a empresas cujas atividades têm potencial danoso ao meio ambiente. Ele garante proteção para ressarcimento dos prejuízos em casos de sinistros.
“Esse tipo de seguro é jovem ainda no Brasil, foi instituído em 2004 por algumas seguradoras americanas. Por aqui, infelizmente não temos a mentalidade totalmente voltada à proteção do meio ambiente e à contratação do seguro. Estamos engatinhando. Falta cultura do seguro e o cuidado socioambiental. O empresariado ainda não tem esse olhar e não existe uma regulamentação que exija a contratação do seguro”, comentou Polido.
Questionado sobre as diferenças do seguro de Responsabilidade Civil ambiental e o seguro ambiental, Polido falou que o seguro ambiental garante danos de maneira ampla, considerando tanto os prejuízos do segurado para recompor o estrago que foi causado, quanto as responsabilidades envolvendo terceiros. Já o RC é focado apenas nos danos aos terceiros. “Às vezes, por falta de orientação, o segurado que possui apólice de RC tem a falsa ideia de que está totalmente protegido, porque possui essa cobertura parcial dentro de uma apólice. E, assim, deixa de contratar um seguro específico”, alertou o diretor da Conhecer Seguros.
Na conversa, o jornalista Gerson Anzzulin levantou o exemplo da Vale, em Minas Gerais, mas Polido esclareceu que um sinistro naquela proporção precisa ser avaliado. “Para ter um seguro que cubra essa envergadura, com proteções extremamente profundas, que podem repercutir em riscos catastróficos, é evidente que a seguradora irá exigir o cumprimento de uma política de subscrição e um plano de gestão de riscos. O seguro não pode ser jamais um paliativo para não aplicação das normas. Nos casos de Mariana, em 2015, Brumadinho, em 2019, por exemplo, tudo leva a crer que tiveram negligências grosseiras, então, o seguro teria uma dificuldade muito grande de abranger um risco com essa característica.”
Polido ainda completou: “o seguro ambiental é praticamente um ‘selo verde’. Não é pra quem quer, mas pra quem pode. A empresa tem que provar que possui consciência ambiental, que protege e aplica a gestão de riscos e as normas.”
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