Por Manuel Matos*
Recentemente, uma revista especializada do setor de seguros publicou um artigo sobre segurança da informação no Open Insurance, destacando preocupações válidas sobre o potencial de vazamento de dados sensíveis. Embora o artigo ressalte riscos importantes, é fundamental ampliar a discussão, reconhecendo os avanços e esforços contínuos para garantir a segurança e a confiança nas iniciativas de Open Insurance.
Primeiramente, é relevante entender que a segurança sempre foi uma pedra angular no setor financeiro e de seguros. Com o advento do Open Insurance, essa importância só aumenta. A indústria está em constante evolução, buscando inovar e aperfeiçoar suas práticas de segurança. Isso inclui medidas técnicas avançadas, como criptografia robusta, autenticações multifatoriais, e regulamentações estritas de compliance.
Um aspecto fundamental é a responsabilidade compartilhada. A segurança não recai apenas sobre as plataformas de Open Insurance, mas também sobre os usuários e os parceiros envolvidos. A escolha de parceiros tecnológicos confiáveis e a manutenção de práticas de segurança pessoais são essenciais.
É importante destacar que os desafios de segurança em APIs e sistemas digitais não são exclusivos do Open Insurance. Estes são problemas amplamente reconhecidos na indústria de TI, existindo também em sistemas financeiros e de seguros tradicionais. O que diferencia o Open Insurance é a sua abordagem proativa e transparente na gestão desses riscos.
A transparência é outra chave para construir confiança. As empresas envolvidas no Open Insurance estão comprometidas em ser transparentes sobre suas práticas de segurança e em responder ativamente aos feedbacks e desafios que surgem.
Os benefícios do Open Insurance superam os riscos, especialmente quando geridos eficazmente. A inovação, a concorrência melhorada e o controle de dados pelo usuário representam um avanço significativo para a indústria.
Além disso, é vital a educação e a conscientização sobre práticas seguras de compartilhamento de dados. A indústria, os reguladores e principalmente os Corretores de Seguros devem trabalhar juntos para educar tanto os consumidores quanto as empresas sobre como gerenciar e mitigar riscos potenciais.
Em conclusão, enquanto as preocupações com a segurança são legítimas e necessárias, os esforços contínuos e colaborativos entre as empresas, os reguladores e a tecnologia estão criando um ambiente cada vez mais seguro e robusto para o Open Insurance. À medida que avançamos, essa abordagem colaborativa e proativa será essencial para desbloquear todo o potencial dessa inovadora iniciativa, pavimentando o caminho para um futuro onde os dados são não apenas seguros, mas também empoderam os consumidores e impulsionam a inovação no setor.
* Manuel Matos é vice-presidente da Fenacor
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