Após dois meses de retração, o mercado brasileiro de seguros de automóveis voltou a acelerar em setembro, registrando alta de 3,61% em relação ao mesmo mês de 2024. Na comparação com agosto, o avanço foi de 2,77%, segundo o Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS), que monitora mensalmente o volume de consultas feitas pelas seguradoras na plataforma da empresa.
O movimento de recuperação acompanha o aquecimento das vendas de veículos novos. De acordo com dados da Fenabrave, foram emplacadas 231.370 unidades em setembro, alta de quase 8% sobre agosto e de 4% frente ao mesmo período do ano anterior.
Para o head comercial de Seguros da Neurotech, Daniel Gusson, o desempenho reforça uma tendência positiva. “Apesar da recente redução feita pela Fenabrave em relação à projeção de crescimento das vendas ao final de 2025, a estimativa ainda é positiva. No acumulado, já foi registrado um aumento acima de 3%, ritmo que deve se manter até o final do ano e beneficiar as seguradoras”, avalia.
A Fenabrave revisou recentemente sua expectativa de crescimento nas vendas de automóveis e comerciais leves para este ano, reduzindo-a de 5% para 3%. A análise regional do INDS mostra que a região Norte apresentou o maior avanço da demanda em setembro, com alta de 8,10% na comparação anual. Na sequência aparecem Nordeste (+6,80%), Centro-Oeste (+6,21%), Sudeste (+2,93%) e Sul (+1,33%).
Outro indicador que reforça o otimismo é o aumento dos financiamentos de veículos, conforme dados do Sistema Nacional de Gravames (SNG), da B3. Em setembro, foram financiadas cerca de 448 mil unidades, entre automóveis e comerciais leves novos e usados, crescimento de 3,9% em relação a setembro de 2024 e de 4,8% frente a agosto de 2025.
Informações da Superintendência de Seguros Privados (Susep) indicam que o Ramo de Automóvel movimentou R$ 38,9 bilhões em prêmios emitidos entre janeiro e agosto de 2025, representando alta de 5,38% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS) reflete o comportamento das principais seguradoras do país e mede o interesse do consumidor em proteger seu automóvel. Embora nem todas as consultas se convertam em apólices efetivas, o índice é considerado um importante termômetro do apetite do brasileiro por seguros e da confiança do mercado.






