De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o número de beneficiários de planos de saúde fechou 2022 com a marca de 50,5 milhões de pessoas, o maior número desde dezembro de 2014. No entanto, o aumento de clientes de planos chega no mesmo momento em que o Banco Central anuncia o endividamento das famílias brasileiras com operações de crédito, que chegou ao patamar de 49,5%, em novembro.
O setor está mais preocupado e os brasileiros devem cortar mais gastos acompanhando a tendência mundial. Segundo a consultoria Bain & Company, 85% dos entrevistados reduziram ou planejam reduzir seus gastos pessoais. Uma das mudanças apontadas pelo estudo entre os brasileiros é que a saúde, depois de dois anos, está ficando em segundo plano.
Para não perder o acesso ao benefício, uma das alternativas das famílias é exercer a portabilidade de carências, medida que permite a mudança de plano mais em conta, sem perder as coberturas necessárias e sem a necessidade de cumprir novos prazos para utilização dos serviços.
Para auxiliar o consumidor no processo de portabilidade, a Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB) disponibiliza em seu site o Guia de Portabilidade dos Planos de Saúde, um material on-line e gratuito com todas as informações necessárias para o beneficiário solicitar a mudança.
“Ter plano de saúde hoje é um dos maiores desejos de consumo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e de educação. Enquanto o número de novos beneficiários cresce, vemos também uma parcela de pessoas que buscam uma solução para manter o plano, especialmente em virtude do preço. O guia da ANAB ajuda a mostrar ao consumidor que ele tem direito à portabilidade e que ela pode ser uma alternativa para reduzir valores e alinhar uma cobertura mais adequada às necessidades”, explica o advogado especializado em direito na saúde e presidente da ANAB, Alessandro Acayaba de Toledo.
Várias administradoras de benefícios têm criado junto às operadoras produtos para atender aquele consumidor que deseja manter o plano e reduzir os valores da mensalidade, com o atendimento de redes médica-hospitalares de alcance regional, com foco em necessidades locais; e por parcerias com operadoras verticalizadas – que possuem seus próprios locais de atendimento ao paciente.
“O ano já começou e a saúde de todos os brasileiros precisa receber uma atenção especial não só pelo SUS, mas também para a saúde suplementar. As nossas empresas associadas estão atuando para orientar os consumidores a fazerem seus cálculos e optarem por alternativas muito próximas ao produto que já dispunham e, assim, manter o plano de saúde, que é tão importante”, afirma Toledo.
Fonte: ANAB
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