Corretor, o que vem depois da formação?

Por Sergio Vitor Guerra

O processo de aprendizado é interminável. Mesmo que os profissionais parem de frequentar salas de aula físicas ou virtuais, a experiência em si pode ser um grande aprendizado. Hoje em dia, o profissional de seguros, sobretudo o corretor, tem a oportunidade de ir além no que diz respeito a especialização.

Os cursos de capacitação e treinamentos são essenciais para ganhar posição de destaque em um mercado, cada vez mais, disputado. Para Sidney Dias, diretor da Conhecer Seguros, “todos os corretores de seguros recém-habilitados possuem, de modo geral, um nível de conhecimento sobre negócios e seguros bastante semelhante”. Em entrevista exclusiva, o diretor explicou a razão de a especialização ser extremamente importante para todo profissional.

Seguro Nova Digital – Na sua análise, o corretor de seguros recém-habilitado está pronto para atuar em diversos ramos de seguros?

Sidney Dias – O profissional que obtém o seu registro como corretor de seguros atende aos requisitos mínimos de conhecimento sobre seguros definidos na regulamentação do setor. Isto significa que ele pode atuar na análise de necessidades e na indicação de produtos de seguros em todos os ramos para os quais foi habilitado.

O caminho para a conquista do registro de corretor de seguros profissional no Brasil tem seus desafios, mas é algo que não leva um tempo elevado. No entanto, a construção de uma carteira de negócios com sucesso, certamente, demandará tempo, energia e dedicação bem maiores. A habilitação como corretor de seguros pode ser vista como o marco inicial na carreira do profissional: sua caminhada está apenas começando. A sua evolução deve ser vista sob a perspectiva de desenvolvimento contínuo, permanente. O aprimoramento profissional dos corretores possui relação direta com a criação de um fluxo de clientes crescente e sustentado ao longo do tempo.

S.N.D – Por que a Conhecer Seguros considera importante o período pós-formação do corretor?

S.D – Todos os corretores de seguros recém-habilitados possuem de modo geral, um nível de conhecimento sobre negócios e seguros bastante semelhante, pois participaram de treinamento padronizado ou, alternativamente, realizaram provas onde esse conhecimento mínimo pôde ser aferido. Após obter a habilitação junto à Susep, o corretor enfrenta a competição, precisando desenvolver competências e adquirir outros conhecimentos, ao longo do tempo.

A concorrência existe e é muito intensa – tanto com outros corretores quanto com outras formas de distribuição de produtos de seguros, como venda direta pela seguradoras, redes varejistas e canais bancários, por exemplo. O corretor de seguros precisa investir na sua especialização. É necessário focar os ramos de seguros que considerar mais promissores para os negócios e, então, conhecer em profundidade as necessidades dos diferentes tipos de clientes e as características dos produtos oferecidos pelas seguradoras.

S.N.D – Em um mercado muito inserido no mundo digital, é possível dizer que só os corretores que se capacitarem terão vida longa no segmento?

S.D – Para serem bem-sucedidos, os corretores de seguros devem aprender a usar ferramentas digitais complexas – tanto aquelas que ele adquire para suporte direto à sua atividade quanto aquelas que são disponibilizados pelas seguradoras para viabilizar a comercialização e a operação de seus produtos.

O corretor de seguros é o principal responsável pelo sucesso do seu próprio negócio. Isto significa que ele deve conduzir seu processo de atualização contínua integrando, nesse processo, de forma consciente, os treinamentos oferecidos pelos seus fornecedores – as seguradoras e as empresas que lhe fornecem sistemas e aplicativos para corretagem.

S.N.D – No seu ponto de vista, quais ramos têm grande potencial e que podem ser explorados pelos profissionais?

S.D – Falando sobre produtos voltados para pessoas físicas e microempresários, principalmente, a pandemia, globalmente, trouxe mudanças para os negócios de seguros que ainda estão sendo entendidas. No entanto, já há percepção de que tendem a ganhar mais importância produtos com proteção para o caso de perda de renda pelo segurado e/ou que possam ajudá-los a lidar com imprevistos financeiros – como produtos de Previdência Privada Aberta e Seguros de Vida Resgatáveis (com acumulação).

Olhando para o mercado de forma mais ampla, é possível perceber outras possibilidades. No caso do Brasil, mudanças regulatórias estão sendo introduzidas, com destaque para as alterações já implementadas nas normas para os Seguros de Danos e as Consultas Públicas em andamento, com destaque para alterações nas regras para os Seguros de Automóveis.

Novos produtos deverão ser criados pelas seguradoras, aproveitando as regras mais flexíveis, aumentando a concorrência entre as companhias e favorecendo o consumidor. Isso, é claro, também estimula a especialização do corretor de seguros, reforçando a necessidade do seu contínuo aperfeiçoamento.

Pessoas de todos os grupos estão confiando mais e mais em suas próprias pesquisas, por meio de vários meios – com ênfase nos canais digitais – para obter informações sobre produtos de seguro e fechar negócios. Um otimismo quanto ao nível de retomada econômica do Brasil começa a se propagar pela sociedade.

As estimativas de crescimento do PIB para 2021, que eram de 3,1%, já foram revistas para 3,5% e, agora, já existem analistas que trabalham com 5%. As notícias sobre volumes crescentes de investimento em fábricas, rodovias e negócios relacionados às commodities estão nas principais mídias. E as oportunidades de comercialização de seguros seguem o crescimento dos negócios.

Seguro Nova Digital – A nova geração de consumidor de seguros está mais exigente?

S.D – Os consumidores de seguros estão, cada vez mais, digitais. A pandemia acelerou a transição para o relacionamento digital de todos os grupos demográficos, ainda que com diferenças nas características de atuação dos consumidores de diferentes gerações. Pessoas de todos os grupos estão confiando mais e mais em suas próprias pesquisas, por meio de vários meios – com ênfase nos canais digitais – para obter informações sobre produtos de seguro e fechar negócios.

Pesquisas realizadas por diferentes empresas levam a uma mesma conclusão: os consumidores de seguros buscam informações para se tornarem independentes na tomada de decisão sobre a aquisição de seguros. Eles confiam nas suas próprias pesquisas online, nos depoimentos de familiares e amigos e, também, recorrem às indicações e recomendações dos corretores de seguros.

Existe, agora, uma forma de distribuição única: ainda que o fechamento do negócio seja feito na forma tradicional com o corretor de seguros, existe uma atividade digital em torno dessa operação, envolvendo pesquisas online e interação com outras pessoas pelas redes sociais. Isso reforça, ainda mais, a importância do contínuo aprimoramento do corretor de seguros.

Fonte: Seguro Nova Digital – 16ª edição, páginas 21 e 22

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