Com aumento de 9,9% no ano, as unidades de atendimento de cooperativas de crédito já estão presentes em mais da metade dos municípios do Brasil. Também houve crescimento no número de cooperados, entre pessoas físicas e jurídicas, totalizando 13,6 milhões. É o que mostra o Panorama do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) referente à data-base de dezembro de 2021.
Publicado no dia 20 de outubro, o panorama traz uma análise da evolução do segmento nos últimos anos, com ênfase em 2021. O relatório mostra também que houve crescimento no percentual da população associada a cooperativa de crédito em todas as cinco regiões do País, com destaque para a Região Sul, em que chega a 19,5%.
Em mais um ano marcado pela pandemia de Covid-19, o cooperativismo de crédito continuou a crescer em 2021. Ele se destaca em relação aos demais segmentos do Sistema Financeiro Nacional, demonstrando a importância para o desenvolvimento da atividade econômica, principalmente no interior do País, onde o setor possui atuação marcante.
“A recente promulgação da Lei Complementar nº 196, de 2022, que atualiza a Lei Complementar nº 130, de 2009, adequa o marco legal à evolução do cooperativismo de crédito no Brasil e ao seu desenvolvimento tecnológico. Com isso, o cooperativismo de crédito ganha condições de fomentar ainda mais a concorrência e a inclusão financeira de parcela significativa da população”, diz o chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas de Crédito e Instituições não Bancárias (Desuc), Harold Espínola.
O panorama traz ainda três boxes sobre a presença do cooperativismo de crédito nas regiões Norte e Nordeste, outro sobre a representação de associados nas assembleias gerais à distância e o último sobre as diferenças entre os conceitos de área de admissão de associados, área de ação e área de atuação.
Ativos totais, provisões e capitalização
Os ativos totais do SNCC somavam R$459 bilhões em dezembro de 2021, após crescimento de 23,5% no ano, principalmente pela expansão da carteira de crédito, na qual se destacaram operações com micro e pequenas empresas e para os produtores rurais. As captações também cresceram em ritmo superior ao dos demais segmentos.
O percentual de ativos problemáticos manteve trajetória de queda e o nível de provisões demonstra ser suficiente para suportar as perdas esperadas na carteira de crédito. O aumento da alavancagem financeira e o maior controle das despesas de provisão e dos custos operacionais contribuíram para melhorar o resultado do segmento. Além disso, a capitalização agregada das cooperativas de crédito singulares continuou confortável em relação aos limites regulamentares.
Fonte: Banco Central do Brasil
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