Brasil lidera mercado de fusões e aquisições na América Latina com crescimento em valor e volume de transações

O mercado brasileiro de fusões e aquisições (M&A) manteve-se como o mais ativo da América Latina até o terceiro trimestre de 2025, com 1.303 transações e valor agregado de US$ 37,1 bilhões. O desempenho representa alta de 5% no número de operações e de 8% no montante movimentado em relação ao mesmo período de 2024, segundo relatório da Aon, elaborado em parceria com a TTR Data e a Datasite.

O crescimento reflete a maturidade do mercado nacional e o fortalecimento de práticas de governança e mitigação de riscos, especialmente com o uso do seguro de Reps & Warranties e das Due Diligence de Riscos e Seguros. De acordo com o líder de M&A and Transaction Solutions para a América Latina na Aon, Pedro da Costa, setores como infraestrutura, energia e tecnologia seguem impulsionando o volume de transações. “O Brasil se mantém como principal polo de atividade transacional na região, com operações mais estruturadas e maior integração de soluções de seguro, o que garante liquidez, previsibilidade e confiança entre compradores e vendedores”, afirma.

Na América Latina, o levantamento registrou 2.118 transações até setembro, totalizando US$ 78,1 bilhões. Apesar da queda de 4% no número de operações, houve crescimento de 24% em valor agregado. Entre os países mais ativos, além do Brasil, destacam-se Chile (243 operações), México (208), Colômbia (183), Argentina (180) e Peru (97). O México e a Colômbia registraram aumentos expressivos em valores transacionados, impulsionados por negócios nos setores financeiro e energético.

O líder de M&A and Transaction Solutions para o Brasil na Aon, André Nogueira, avalia que o bom desempenho nacional demonstra a resiliência e a sofisticação do ambiente de negócios. “Mesmo diante de contingências recorrentes, sobretudo nas áreas trabalhista e tributária, temos observado consistência nas operações, apoiadas por estruturas jurídicas sólidas e pela eficiência na transferência de riscos para o mercado segurador, tanto local quanto internacional”, destaca.

O relatório também aponta movimentos relevantes nos segmentos de Private Equity e Venture Capital. O primeiro registrou 120 operações, somando US$ 6,3 bilhões, queda de 24% em volume, mas aumento de 36% em valor. Já o Venture Capital contabilizou 395 transações, com US$ 3,5 bilhões mobilizados, refletindo um cenário mais seletivo e voltado à eficiência.

As aquisições de ativos mantiveram ritmo firme, com 399 transações e US$ 14,4 bilhões movimentados — altas de 2% e 57%, respectivamente, em relação a 2024. O apetite de investidores permanece concentrado em energia e infraestrutura. No cenário internacional, empresas latino-americanas realizaram 66 operações na Europa e 63 na América do Norte. Em sentido oposto, companhias norte-americanas lideraram investimentos na região, com 313 transações, seguidas por europeias (275) e asiáticas (64).

Entre as operações de maior destaque, o relatório menciona a venda de 70% da Aliança Geração de Energia, da Vale, para a Global Infrastructure Partners (GIP), por US$ 1 bilhão — uma das maiores movimentações do período.

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