As previsões de que os ataques cibernéticos serão a maior ameaça aos negócios em 2022, à frente dos desastres naturais, parece aplicável também ao mercado de seguros.
Uma das maiores corretoras de seguros do mundo, a AON PLC informou ao mercado, no dia 25 de fevereiro, que sofreu um ataque cibernético. Segundo comunicado da empresa enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, um número limitado de sistemas teria sido afetado e o incidente não teria tido impacto significativo nas atividades da AON PLC.
Nos últimos anos, algumas grandes empresas do setor de seguros, ao redor do mundo, têm sofrido ataques cibernéticos. No ano passado, as notícias destacaram os incidentes com o CNA Financial Corp., a Marsh & McLennan Cosa, a AXA S.A., a seguradora de auto Geico e, aqui no Brasil, a Porto Seguro.
Também foram registrados casos em prestadores de serviços, que afetaram companhias do setor, como o incidente com a Atento, em 2021, com impactos no atendimento prestado ao grupo Bradesco Seguros, à Unimed Porto Alegre e ao GNDI.
“A transformação digital, ao mesmo tempo em que suporta as novas estratégias dos negócios, também traz riscos cibernéticos, aumentando a vulnerabilidade das empresas”, comenta o diretor da Conhecer Seguros, Sidney Dias.
De acordo com relatório da Deloitte, os ataques cibernéticos no setor de seguros estão crescendo rapidamente, à medida que canais digitais são utilizados mais intensamente para a oferta de novos produtos e para estreitamento do relacionamento com os clientes.
Segundo artigo da SecurityScorecard, uma empresa típica do setor de seguros enfrenta, em média, 113 tentativas de invasão por ano, estimando-se que um terço dessas tentativas têm sucesso. “Isso reforça a importância do investimento em medidas preventivas, planejadas a partir de uma visão ampla do gerenciamento de segurança nas empresas do setor. E para isso, é fundamental buscar capacitação técnica no assunto”, conclui Dias.
Fontes: Deloitte, SecurityScorecard e Sindseg-SP
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