Após registro recorde apresentado em abril, o preço do seguro automóvel caiu 5,7% em maio, chegando ao valor de 6,6%. Na comparação ao mesmo período de 2022, houve aumento de 3,1%. É o que aponta o IPSA – Índice de Preços do Seguro Automóvel, estudo produzido pela TEX.
Segundo o CEO da TEx, Emir Zanatto, isso indica mais uma tendência de estabilidade do que uma continuidade de redução no futuro próximo, tendo em vista as seguidas alternâncias entre altas e baixas nos últimos quatro meses. “O recente recuo de 22% na demanda por seguros em abril, efeito do “resfriamento” do mercado de veículos novos, foi um fator relevante para a queda do índice no último mês, além do anúncio de redução dos impostos de veículos novos por parte do governo federal”, explica.
O IPSA de maio apresentou uma queda para o gênero masculino, 8,9%, enquanto para o sexo feminino o índice se manteve estável, em 5,8%. Apesar dessa diminuição da distância entre os sexos, vale destacar que os homens ainda pagam 24,1% a mais que as mulheres.
O estado civil também influencia no valor do seguro automóvel. De acordo com o IPSA, homens solteiros pagaram em média 10,1% no seguro de automóvel, sendo 63% mais caro que homens casados, que pagaram 6,2%. Já entre as mulheres, a distância entre solteiras e casadas é menor: 28%
Dados regionais
A região onde o segurado reside é um fator muito importante na precificação do seguro, pois interfere diretamente nas taxas de roubo e furto. “Em maio, pudemos observar que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro pagou 7,8% (do valor do seguro do carro), aproximadamente 85,7% a mais comparado a Região Metropolitana de Belém, que pagou 4,2%, o índice mais baixo das regiões comparadas”, destaca o executivo.
Especificamente na cidade de São Paulo, o IPSA aponta que, em maio, o seguro na Zona Leste ficou 62,5% superior à região central. Já no Rio de Janeiro, a distância entre os extremos foi ainda maior, a Zona Norte pagou 88% a mais do que a Zona Sul. Nesse cenário, Belo Horizonte e Recife apresentaram preços menores em comparação ao Rio e São Paulo. A capital pernambucana teve a menor distância entre os extremos, com a Zona Sudoeste pagando 51% a mais do que a Zona Noroeste.
Em relação ao ranking dos carros mais cotados pelo TELEPORT, o Chevrolet Onix se manteve na liderança, com 6% do volume total, seguido novamente pelo Hyundai HB20, com 4,8%, e o Hyundai Creta, com 2,9%. Vale lembrar que o top 10 dos carros mais cotados representa 31,3% do total de automóveis cotados no mês de maio.
Em relação à análise do IPSA de veículos híbridos, elétricos e à combustão com até dois anos de idade, o índice de carros a diesel manteve-se no topo, embora tenha caído 7,4% e se aproximado da gasolina. Já o índice de elétricos caiu 25% e foi ultrapassado pelo de híbridos, o único com aumento no último mês. “Historicamente, os índices de propulsões alternativas são menores que os de veículos à combustão. Isso ocorre em grande parte por conta da manutenção mais simples e dos riscos menores de roubo e furto dos veículos híbridos e elétricos”, contextualiza o executivo.
O IPSA é produzido com base nos dados do TEx Analytics, ferramenta de inteligência de mercado desenvolvida pela TEx e dividido em treze indicadores: IPSA, que mede a inflação geral e leva em consideração segurados de ambos os sexos de todo o país, IPSA por gênero, IPSA por faixa etária, IPSA por estado civil, IPSA por população, IPSA por região, IPSA por idade do veículo, IPSA por tipo de Seguro, IPSA por valor da tabela Fipe, Ranking de mais Cotados por Combustíveis, Ranking de Carros Elétricos Mais Cotados, Ranking de Carros Híbridos mais Cotados, Comparativo do IPSA por Combustível, e Ranking de carros mais cotados pelo TELEPORT.
Fonte: TEx
Cursos relacionados da Conhecer Seguros:
>> Seguros de Automóveis e RCFV
Veja também: