Prevenção de fraudes: sistema promete economizar até 80% nas despesas com reparos de veículos sinistrados

Segundo pesquisas, o seguro de automóvel é a apólice mais vendida no País devido ao alto índice de roubos de veículos e acidentes, e, com isso, as seguradoras ficam suscetíveis às tentativas fraudulentas de ressarcimento. Os casos são vários, desde a tentativa de aumento na gravidade de um acidente, até a alegação de danos inexistentes e apresentação de informações falsas sobre o veículo para obter um pagamento maior da seguradora.

O setor sofre com a complexidade das reivindicações que podem envolver vários fatores, como danos ao veículo, avaliação de perdas e responsabilidade por acidentes. A falta de recursos para avaliação dos casos pode limitar a capacidade das seguradoras em enfrentar as fraudes.

Quando se trata de dados, a Federação Interamericana de Empresas e Seguros (Fides) aponta que as fraudes nos sinistros geram perdas anuais em torno de US$ 50 bilhões só na América Latina. O país da região que lidera o ranking é a Argentina (as fraudes correspondem a 45% das receitas das seguradoras), com o Brasil na média dos 18 países associados (14% a 15%).

“O combate efetivo à fraude requer recursos adequados, incluindo tecnologia avançada, pessoal especializado em análise de dados e investigação, além de sistemas robustos de monitoramento e detecção”, explica o engenheiro automotivo e CEO da Autoinsp, João Lottermann. Pensando nisso, a startup Autoinsp lançou tecnologia própria associada ao combate das fraudes que já resulta em uma economia de até 80% nas despesas com reparos de veículos sinistrados, por seguradoras e proteções veiculares.

 

Novidade no combate às fraudes

A solução criada pela Autoinsp objetiva ajudar as seguradoras no combate às fraudes, agregando mais valor ao serviço, além de aprimorar a qualidade e estimular a geração de empregos. Segundo dados da Confederação Nacional de Seguradoras (CNseg), no 1º semestre de 2021, 15,6% dos sinistros registrados no País foram classificados como suspeitos. Segundo o levantamento, o valor das fraudes comprovadas nesse período soma R$ 349,3 milhões.

“A nossa tecnologia permite criar formulários inteligentes para cada tipo de sinistro automotivo por meio da identificação de padrões registrados em uma base de dados criada por inteligência artificial. Essa base de dados agrega velocidade, assertividade e padronização ao trabalho analítico de engenharia automotiva”, explica o engenheiro automotivo e CEO da Autoinsp, Tiago de Bortoli.

A Autoinsp agrega inteligência artificial a uma solução que digitaliza e padroniza os processos de sindicância e reconstituição de acidentes. Isso reduz os custos e otimiza a velocidade de entrega, levando menos da metade do tempo normal de análise do mercado. “A operação no mundo físico unido ao mundo digital faz com que a nossa solução seja uma inovação para o modelo de seguros e contribua para a solidificação da base tecnológica no mundo das seguradoras”, explica Bortoli.

 

Como funciona

Quando um sinistro é aberto, o analista ou gestor do setor de eventos/sinistro acessará a plataforma para enviar o relato do caso, imagens do veículo sinistrado e outros documentos relevantes para o caso. Após receber o material, a tecnologia utiliza inteligência artificial e processamento de imagens para compilar todos os dados e determinar a probabilidade de fraude no evento em questão. Essa tecnologia é capaz de analisar fisicamente se o relato do acidente é coerente com as deformações físicas do carro.

O objetivo é minimizar o número de fraudes em eventos/sinistros e aumentar o lucro do cliente por meio da redução da taxa de sinistralidade, que representa as despesas com reparos de veículos em relação ao faturamento da empresa. “A tecnologia auxilia na tomada de decisões humanas. Quando o relato do acidente é processado por meio da inteligência artificial, o engenheiro responsável pela análise consegue rapidamente verificar a coerência e veracidade dos fatos. A cada 100 acidentes, aproximadamente 15 são confirmados como fraudes e, pelo menos 50 apresentam algum ponto de atenção para aprimorar a regulagem do reparo, ou seja, quais peças/componentes serão trocadas e manutenidas”, explica Lottermann.

 

Fonte: AutoInsp

 

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