Na quarta-feira (24/08), a Seguro Nova Digital promoveu a live “A importância do seguro rural para o agronegócio brasileiro – Seguro em Debate #27”. A transmissão foi mediada pelo jornalista Sergio Guerra e contou com a participação do professor da Conhecer Seguros, Leandro Calve, para falar sobre as complexidades e desafios do seguro agrícola.
Leandro identificou o seguro rural como a principal ferramenta para proteção de renda contra catástrofes naturais e analisou a cadeia autossustentável do mercado de seguros. “A garantia do pagamento da indenização estabelece a estabilidade econômica na região. Este é o problema no acúmulo de sinistros: interferir diretamente na capacidade de solvência das seguradoras e afetar toda a cadeia econômica ao entorno”, afirmou.
O especialista também apontou a importância do conhecimento do produtor quanto aos riscos a que as lavouras estão expostas e o uso do seguro. Para Leandro, a busca pela proteção depende da percepção do individuo perante o risco. “Ano passado, por exemplo, uma grande geada afetou a produção de cana de açúcar. Devido a isso, este ano há uma grande procura por seguros agrícolas para cana de açúcar, café e hortaliças. A percepção do risco da geada promoveu a procura pela proteção”, esclareceu.
É nessa percepção de risco que o professor enxerga o papel do corretor. Para ele, seja por meios online ou dirigindo até o produtor rural, o corretor precisa alertar os produtores sobre os riscos que correm as suas safras e as vantagens de uma contratação de seguros. “Apenas aproximadamente 16% da área plantada no Brasil possuí seguro. Este é o tamanho da área inexplorada por corretores no mercado para contratação de seguros”, informou.
Por fim, Leandro destacou a necessidade de buscar um equilíbrio entre a ampliação do mercado e a sua efetividade. Embora o especialista espere novas restrições em consequência dos sinistros ocorridos nas últimas safras, devem ser realizados novos desenhos de produtos e os corretores devem ainda ampliar as regiões para atuação. Ele também teme pela situação atual do mercado. “Hoje se paga mais sinistros do que se arrecada em prêmios. O seguro rural, além de proteção para as colheitas, também é um indutor de tecnologia e estabilidade socioeconômica para uma região. Esta cadeia tem que se alimentar para prosperar”, finalizou.
A transmissão pode ser assistida através deste link.
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