A análise de desempenho do mercado de seguros, publicada pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), mostra que a arrecadação de prêmios em 2020 totalizou R$ 242,9 bilhões no acumulado do ano até novembro. O resultado representa uma recuperação lenta e desigual, levando o resultado global para o negativo em -0,2% na comparação com o mesmo período de 2019.
Os dados foram divulgados pela Conjuntura CNseg, publicada em janeiro. Segundo o documento, as apólices de Danos e Responsabilidades puxaram o mercado para cima, com avanço de 5,7%. O viés de baixa setorial prevaleceu em virtude da retração do segmento de Pessoas (-2,3%) e dos Títulos de Capitalização (-3,5%).
“No acumulado do ano contra o do ano anterior, a tendência deverá ser de estabilidade e, caso haja crescimento incremental de 2% de dezembro contra dezembro de 2019, o ano fechará no mesmo patamar nominal de arrecadação”, analisa o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, em editorial.
Carro-chefe do segmento de Danos e Responsabilidades, o seguro automóvel apresentou alta de 3,9% em novembro sobre o mesmo mês do ano anterior, totalizando R$ 3 bilhões em prêmios. O ramo contribuiu de forma significativa para a produção mensal de prêmios nesse segmento, que alcançou R$ 6,6 bilhões em novembro – salto de 11,5% sobre o mesmo mês do ano anterior. Mesmo assim, a carteira teve perda no acumulado do ano, de 3%, em relação à igual período de 2019.
Algumas modalidades apresentaram um comportamento extraordinário em termos de arrecadação no acumulado do ano. Entre os exemplos, Marítimos e Aeronáuticos, com alta de 45,5%; Rural, 31,1%; Responsabilidade Civil, 20,8%; Crédito e Garantia, 15,6%; Patrimonial, 10,3%; e Habitacional, 7,8%.
No segmento de Cobertura de Pessoas, embora tenha crescido 8,9% comparativamente ao mês anterior, perdeu arrecadação equivalente a 3,8% contra o mesmo mês de novembro do ano passado, acabando então por apresentar taxa negativa de -2,3% no acumulado de janeiro a novembro.
Já o segmento de Capitalização, com arrecadação até novembro de R$ 20,9 bilhões, houve avanço nas receitas no mês, de 4,4%, mas perdas nominais líquidas de -3,5% no período.
A busca de reequilíbrio fiscal, diz o estudo, dependerá de um cronograma assertivo de diversas reformas, e, sobretudo, de um programa de vacinação em massa tempestivo. Mesmo com uma segunda onda da Covid-19, em curso em diversas nações do mundo, a extensão das medidas emergenciais pode ser decisiva a curto prazo, mas deve comprometer o crescimento futuro. Ou seja, quanto maior o estímulo, menor tende a ser a projeção de crescimento ao longo do tempo.
Fonte: CNseg
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