O novo marco regulatório do mutualismo promete ampliar a proteção patrimonial no Brasil, especialmente para quem ainda não tem acesso ao seguro tradicional. A análise é do presidente da Confederação Nacional de Proteção Patrimonial Mutualista (CNPPM), Kleber Vitor, que discutiu os avanços da Lei Complementar 213/2025 e a fase atual de regulamentação conduzida pela Superintendência de Seguros Privados.
Segundo o dirigente, o alinhamento regulatório trará mais clareza para um setor em expansão, contribuindo para elevar padrões e garantir mais segurança ao consumidor. “Quando você passa relatórios para um órgão como a Susep, o nível de qualidade tende a melhorar. A fiscalização traz clareza para o mercado e garante mais segurança ao consumidor”, afirmou.
Ao comentar o papel das associações, o presidente destacou que o modelo mutualista tende a oferecer preços mais competitivos, já que o objetivo central é atender às necessidades dos associados. “O principal objetivo das associações não é gerar lucro, mas pagar os eventos dos associados. Isso não significa que, com uma boa gestão, ela não gere lucros, mas tem meses que ela só vai conseguir pagar as contas. O importante é sempre o benefício de quem faz parte do rateio”, explicou.
Kleber Vitor pontuou ainda que a regulamentação deve ampliar a proteção para públicos sem acesso ao seguro tradicional, lembrando que apenas 30% da frota de veículos do país possui seguro. Hoje, o mutualismo atende principalmente automóveis avaliados entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, abrangendo cerca de 8 milhões de veículos. A expectativa é de que esse número cresça até 2026, acompanhando a consolidação das regras para o mercado.
Fonte: com informações da CNPPM
Veja também
>>> O futuro do consultor de proteção veicular dentro das cooperativas de seguros
>>> Câmara dos Deputados realiza audiência pública sobre a regulamentação das cooperativas de seguro e de proteção patrimonial
>>> Susep e entidades do setor discutem contribuições à regulamentação das operações mutualistas






