
Quase metade dos brasileiros (48%) percebe um aumento das fraudes praticadas contra planos de saúde nos últimos anos. O dado é de uma pesquisa realizada pelo Ipespe Saúde, a pedido da FenaSaúde, que entrevistou 2 mil pessoas em todas as regiões do País. Segundo o levantamento, 55% dos entrevistados acreditam que essas irregularidades estão entre os principais fatores que encarecem as mensalidades, ao lado do envelhecimento da população (52%). Para os participantes, as fraudes não afetam apenas as operadoras, mas acabam penalizando também os beneficiários.
Entre as práticas fraudulentas mais reconhecidas pela população estão a emissão de recibos de atendimentos não realizados (38%), notas emitidas para pessoas que não receberam atendimento (34%) e o empréstimo da carteirinha do plano (30%). Apesar disso, somente 21% afirmaram ter recebido algum material de comunicação alertando sobre o tema.
As campanhas educativas mostram forte impacto entre os entrevistados. Entre aqueles que já tiveram contato com mensagens de conscientização, 86% consideraram o conteúdo importante ou muito importante. A campanha “Saúde sem Fraude”, da FenaSaúde, foi lembrada por 17% dos participantes e recebeu avaliação positiva de 86% deles.
O estudo também apontou que a população apoia medidas mais firmes contra o problema: 70% defendem investimentos em campanhas educativas e 67% são favoráveis ao reforço da fiscalização para coibir práticas indevidas. “Fraudes prejudicam a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar. É fundamental que sociedade, operadoras e autoridades unam esforços para combater essas práticas e preservar os recursos destinados ao atendimento de quem realmente precisa”, destaca o diretor-executivo da FenaSaúde, Bruno Sobral.
Fonte: com informações da FenaSaúde