Uma publicação da KPMG aponta os desafios do setor de seguros no cálculo e avaliação das emissões de carbono atreladas às atividades de subscrição e investimento, além do desenvolvimento de estratégias e execução de planos de transição de descarbonização. O relatório “ESG no Setor de Seguros: Emissões Seguradas” indica, ainda, a importância de a indústria seguradora abordar fatores ambientais, sociais e de governança (ESG), especialmente no que se refere às mudanças climáticas.
O documento mostrou que a avaliação dessas emissões pelo setor é impulsionada por vários fatores externos, incluindo o aumento da regulamentação. Além disso, litígios crescentes, verificações independentes e alianças globais de redução de carbono estão moldando a necessidade de as seguradoras medirem e reduzirem as emissões.
Os principais desafios enfrentados pelo setor de seguros, segundo a publicação, são os seguintes:
>> Coleta de dados – Dificuldade em obter dados precisos de fornecedores, clientes e outras partes envolvidas, além do acompanhamento do progresso.
>> Estabelecimento de uma padronização para o cálculo das emissões de carbono – A adoção de um padrão é fundamental para apoiar a tomada de decisões estratégicas, financeiras e operacionais e para a mitigação dos riscos.
>> Definição de planos de transição para uma economia de baixo carbono – Um plano bem-sucedido deve complementar a estratégia de negócios e de sustentabilidade da empresa.
“Embora a tarefa possa parecer complicada em função desses fatores, um padrão globalmente reconhecido para a contabilidade e relato de gases de efeito estufa foi lançado em 2022. Também existem plataformas de tecnologia em expansão que facilitam este trabalho. Ao garantirem a qualidade dos dados a respeito das suas emissões, os líderes terão uma visão mais nítida a respeito do próprio progresso em direção à jornada de descarbonização”, analisa a sócia de ESG para serviços financeiros da KPMG no Brasil, Maria Eugênia Buosi.
O relatório salienta, ainda, que eventos climáticos extremos estão se tornando cada vez mais frequentes e as perdas seguradas resultantes de desastres naturais estão aumentando. O documento explica que isso representa pagamentos de indenizações relevantes, que podem ameaçar a solvência de muitas empresas, o que está levando as seguradoras a reavaliarem as abordagens para a subscrição de riscos.
“No entanto, criar exceções para esses eventos em políticas de seguro ou interromper completamente a subscrição é apenas tratar os sintomas das mudanças climáticas. Abordar o aumento das emissões de carbono na atmosfera pode efetivamente prevenir desastres climáticos, reduzir os danos às propriedades e proteger as seguradoras”, complementa o sócio-diretor líder de descarbonização da KPMG no Brasil, Felipe Salgado.
Fonte: KPMG no Brasil
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