Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) aumentaram expressivamente sua participação nos mercados corporativo e de galpões industriais e logísticos nos últimos cinco anos. De acordo com levantamento feito pela JLL, a preferência dos investidores se concentra nos principais eixos de escritórios de São Paulo e Rio de Janeiro, como as regiões primárias, e nos principais centros logísticos do país, refletindo a busca por rendimentos constantes e de menor risco.
Esse movimento se deve, no caso dos escritórios, às vantagens operacionais oferecidas pelos FIIS, uma vez que a gestão e manutenção dos imóveis são responsabilidade dos gestores do fundo; às estabilidades nos contratos de locação entre médio a longo prazo no cenário pós pandemia, além da isenção do Imposto e Renda para os cotistas. Segundo o estudo da JLL, no mercado de galpões, o impulsionamento da presença de fundos é resultado da boa performance desse setor no período pandêmico e pós-pandemia, tendo sido alavancado pelo e-commerce e pelo desenvolvimento da cadeia logística.
Mercado corporativo
Em São Paulo, o estudo aponta que o crescimento da participação dos FIIs no mercado de escritórios foi de 19% no período, especialmente nas áreas mais nobres da cidade. Exceto Marginal Central e JK, todas as regiões registraram aumento da participação dos FIIs no estoque corporativo de alto padrão. Jardins e Berrini/ Chucri foram as que tiveram maior desempenho, com 33% e 37% respectivamente de área pertencente aos fundos atualmente. “Proporcionalmente, a participação dos fundos cresceu mais do que o próprio estoque de alto padrão em São Paulo”, revela Caio Maia, head de Pesquisa e Estratégia da JLL.
O cenário também é positivo no Rio de Janeiro, onde todas as regiões corporativas tiveram aumento da participação dos FIIs. A presença dos fundos em relação ao estoque total de alto padrão saltou de 13% para 19%. Os destaques são a Barra da Tijuca, que cresceu de 8% para 16%, e o Centro, com maior estoque corporativo da cidade e que teve incremento da participação de 15% para 21%. “Apesar de a taxa de vacância no Rio ser superior à de São Paulo, o mercado carioca também demonstrou ampliação da presença dos fundos, em particular, em ativos bem localizados e modernos, atrativos para ocupantes de diferentes segmentos”, pontua Maia.
Mercado de galpões
Em plena expansão desde a pandemia, o mercado imobiliário de galpões logísticos e industriais também se mostrou altamente interessante. A participação dos FIIs praticamente dobrou em todo o país nesse setor, saindo de 3.511 m² para 6.979 m². “Essa movimentação foi vista em todo o Brasil, com protagonismo de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Esses três estados obtiveram, juntos, crescimento de 112%. Em outros eixos ainda há maior presença de players locais”, analisa o especialista da JLL.
O maior volume percentual se concentra em Minas Gerais, que saltou de 18% para 38% nos últimos cinco anos. Para Maia, trata-se de uma região ascendente e com baixíssima vacância, o que torna os ativos muito atraentes. Comparativamente, São Paulo, maior mercado logístico/ industrial, registrou crescimento de 18% para 22%.
Futuro promissor
De 2018 para 2023, o número de investidores em FIIs saiu de 208 mil para 2,5 milhões, consolidando a modalidade como um dos principais investimentos em renda variável. “Mais de 99% são pessoas físicas que buscam maior segurança e previsibilidade. A expectativa é que esse número continue crescendo”, sinaliza o executivo da JLL.
Fonte: JLL
Veja também
>>> FenSeg alerta para cuidados com a rede elétrica no condomínio
>>> Falta de estatísticas oficiais dificulta avanços na prevenção de incêndios estruturais, avalia especialista
>>> Seguro empresarial ajuda a preservar funcionamento das empresas que fazem a Festa Junina acontecer