Por João Miranda*
Diante de um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico, a cultura organizacional emerge como ponto-chave para o sucesso dos negócios. Como parte da liderança de uma startup pioneira no seu ramo de atuação, testemunho diariamente que os valores de uma empresa são a espinha dorsal que sustenta todas as suas operações e decisões.
Uma pesquisa realizada pela consultoria PWC com 3,2 mil profissionais em mais de 50 países mostra que culturas fortes geram melhores resultados empresariais. O estudo identificou que 67% dos executivos e gestores acreditam que o conjunto de crenças, valores e normas é tão importante quanto as estratégias e o modelo operacional da empresa. Para se ter uma ideia, durante a pandemia, a maioria (69%) das lideranças atribuiu grande parte de seu sucesso justamente à cultura.
Em tempos que exigiam grandes mudanças para as companhias em todo o mundo, mais de dois terços dos entrevistados disseram que o conceito em pauta ajudou a impulsionar iniciativas de transformação. Nesse contexto, é essencial que os colaboradores estejam sintonizados com os valores da empresa, pois isso não apenas potencializa a produtividade e a inovação, mas também fortalece a coesão da equipe. Na nossa startup, por exemplo, priorizamos a transparência, a colaboração e a mentalidade de crescimento. Propósitos incorporados em cada aspecto do dia a dia.
No entanto, uma cultura organizacional forte não é algo que simplesmente acontece da noite para o dia. Requer esforço e dedicação por parte da liderança e de todos as pessoas da equipe. É necessário cultivar um ambiente onde os colaboradores se sintam valorizados, capacitados e motivados a contribuir para o sucesso da empresa. Isso significa promover uma comunicação aberta, reconhecer e recompensar o bom trabalho e criar oportunidades para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Além disso, a forma como uma organização conduz seus negócios e trata seus funcionários, clientes e parceiros também desempenha papel fundamental na atração e retenção de talentos. Afinal, os profissionais de hoje não estão apenas em busca de um salário competitivo; querem fazer parte de algo maior, de uma comunidade que compartilhe suas visões de mundo e objetivos. Nesse sentido, ao semear uma cultura empresarial vibrante e inclusiva, somos capazes de atrair os melhores e mais brilhantes talentos, garantindo posição de destaque no mercado, ou seja, uma ajuda mútua entre empresa e equipe.
Importante ainda lembrar que a cultura organizacional não é algo estático; ela precisa evoluir e se adaptar conforme a empresa cresce e se transforma, reforçando os valores fundamentais e mantendo a identidade única. Isso requer compromisso contínuo com a escuta ativa e a aprendizagem, bem como a disposição de fazer ajustes conforme necessário.
Assim sendo, uma cultura organizacional sólida não é apenas um diferencial competitivo, mas também o alicerce sobre o qual toda empresa de sucesso é construída. Como líderes, temos a responsabilidade de cultivar um ambiente que promova o crescimento, a inovação e o bem-estar de todos os colaboradores. Ao fazê-lo, garantimos o sucesso a longo prazo e contribuímos para um mundo empresarial mais ético, inclusivo e sustentável.
* João Miranda é CEO da Pitzi, empresa que oferece proteção e seguro para smartphones no Brasil em parceria com varejistas e fabricantes
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